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Mercado aquecido

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Fabrica da New Advance está a todo vapor. Foto: Divulgação
 

Por Fábio Maradei

Os praticantes de Stand Up Paddle, o SUP, cada vez mais são vistos no mar. O esporte que une a prancha e o remo continua crescendo e ganhando os mais variados tipos de adeptos, sem restrição de idade e experiências anteriores com modalidades semelhantes. As fábricas de pranchas confirmam esse sucesso e evolução e esses equipamentos são responsáveis por boa parte das produções.

Na New Advance, uma das maiores e principais fabricantes de pranchas do País, ocupa uma significativa fatia do mercado no Sup e hoje tem 70% de sua linha de produção voltada para este tipo de equipamento. “Investimentos no Sup desde 2008, sempre numa crescente. O que se percebe é que essa modalidade não se restringe somente ao litoral e tem alcançado cidades do interior em todo o Brasil. Então, a tendência ainda é de crescimento”, comenta José Sergio Silva, proprietário da New Advance, fábrica instalada em São Vicente.

“O que mais chamou a nossa atenção no início foi o fato de ser uma modalidade que pode ser inserida dentro do nosso universo de surf, utilizada em todas as condições de mar, e praticada por muitos, sem distinção de idade, tempo, prática, o que acabou por agregar, ainda mais, uma parcela de um novo público. Muitos que experimentam o Sup nunca tinham pensado em surfar, por exemplo”, acrescenta o dono da New Advance, que patrocina, entre outros atletas, o campeão mundial de Sup Wave, Leco Salazar.

Na Silver Surf, em Santos, a porcentagem em relação às pranchas convencionais é de 30%, mas os proprietários, Adriano e Sylvio Oliveira, acreditam que o mercado ainda tem muito a crescer. “É um esporte que veio para ficar e a cada ano crescerá mais, devido às novas pessoas que nunca pensavam um dia em ficar em pé em cima de uma prancha e hoje, com o Sup, podem fazer isso. É um esporte que trabalha muito o equilíbrio e também tem um contato gigante com a natureza”, afirma Adriano.

Beto Loureiro, dono da Ripwave, em Santos, reforça o coro sobre o desenvolvimento do Sup. “Só tem a crescer. É uma modalidade que resgatou surfistas que estavam parados e está introduzindo novos praticantes por ser um esporte fácil e que vende saúde”, comenta o fabricante, relatando que hoje o Sup já atinge 50% de sua produção.

O guarujaense Neco Carbone um dos shapers mais requisitados do País e um dos melhores do mundo quando se fala em pranchas de Stand Up Paddle. Assim como os outros fabricantes, ele aposta muito na modalidade e acredita que a evolução dos competidores brasileiros ajuda nesse crescimento. “Os atletas de outros países já estão há mais tempo nos esportes de remo e paddleboard, mas temos muitos jovens brasileiros que estão chegando junto”, argumenta.

“Fiz minhas primeiras pranchas de Sup há 10 anos, ainda na plaina. Quando a ZGero colocou em funcionamento a primeira máquina de shape, em 2006, para usinagens de Sup, o esporte alavancou no Brasil”, conta Neco, shaper há 37 anos e orgulhoso de sua marca. “Já produzi aproximadamente 25 mil pranchas, sendo cinco a seis mil de Sup”, relata.

TRI FM – Nestes sábado e domingo (22 e 23), São Vicente será o cenário, novamente, de uma importante prova da modalidade, com o 2º Campeonato de Stand Up Paddle Tri FM. O evento, com patrocínio da Prefeitura, será no canto direito da Praia do Gonzaguinha, envolvendo as categorias open, master e super master, ambas no masculino e feminino, e as duplas mistas, com todos os atletas usando pranchas tipo Fun, com comprimento máximo de 10’6” (dez pés e seis polegadas).  

Nas categorias individuais, os atletas remarão um percurso triangular de três quilômetros, em duas voltas, enquanto que no revezamento será 2,2 km, com metade para cada participante. A marcação do número e medição das pranchas serão realizadas a partir das 8h30 e a primeira largada está marcada para 10h. Todas as informações sobre o evento estão disponíveis no www.triesportes.com.br.