#O Billabong Odyssey, expedição que permanecerá três anos em busca das maiores ondas, completou uma viagem surpresa de oito dias no continente europeu com o objetivo de interceptar dois potentes swells no Atlântico Norte, na última semana de janeiro.
Um grupo de especialistas em ondas grandes viajou oito mil milhas para a divisa da França com a Espanha ao saberem que ali rolariam altas ondas.
O projeto estava focado desde outubro no norte do Oceano Pacífico, onde os surfistas do Odyssey encontraram ondas de 30 a 60 pés em picos como Mavericks, Todos Santos e Jaws.
#Previsões da marinha americana informaram que o Oceano Atlântico hospedaria um período de baixa pressão que resultaria em enormes mares ao longo da costa européia.
Quando a Billabong Europa sugeriu uma viagem ao continente, os organizadores do Odyssey resolveram que era a hora de testar a rapidez do time.
Soado o alarme, rapidamente uma equipe compacta foi despachada, incluindo Mike Parsons, Brad Gerlach, Darryl “Flea” Virostko e Shawn “Barney” Barron, juntamente com o pessoal do suporte técnico, fotógrafos, cinegrafistas e mecânicos.
Em algumas horas, os participantes saíram de San Diego e Honolulu com destino a Paris, para seguir então para a divisa da França com a Espanha.
#O primeiro objetivo era uma direita lendária e misteriosa que quebra próximo à ilha de Izaro, na Espanha.
Izaro fica há uma milha náutica de Mundaka, um dos famosos pointbreaks da Europa e sede do Billabong Pro, que rola em setembro.
Depois de aquecerem num swell que vinha crescendo, o time preparou os equipamentos para se fixar na ilha, que já abrigou um monastério.
A missão européia foi um teste para a adaptabilidade do time. Uma primeira inspeção em Izaro e no swell que ainda estava por vir, alertou que a direção dele estava mais para oeste do que eles imaginavam.
Com isso, uma nova busca seria feita. A direção de logística do projeto transferiu oito jet skis do porto de Mundaka de volta para a França – onde o ângulo era muito melhor.
Depois de analisar todo o território, ficou decidido que o maior surf aconteceria ao norte de Hossegor (França) onde alguns reef breaks que, em situações normais, contam com canais fundos e seguros e o surf de remada é comum em situações menores que essa.
#”Esse é o maior beach break que eu já na vida”, disse Mike Parsons. “Pegar ondas não é muito difícil aqui. Mas sem um canal seguro, tentar pegar seu parceiro depois da onda dele é pelo menos cinco vezes mais desafiador que Mavericks ou Todos Santos”, explicou.
O maior dia contou com ondas de 15 a 18 pés, chegando ocasionalmente ao 20 pés e próximo aos 40 pés de face. Ou seja, quase mortal sem a ajuda de jet skis e da equipe de resgate.
Os pilotos foram puxados e testados ao extremo em suas habilidades. “Estava terrível lá fora”, disse Flea Virostko. “Quando você está pilotando a margem para erro é de zero. Você tem que tomar seguidas decisões e todas tem que ser corretas, uma derrapada pode ser muito mal”, explicou.
Mesmo com as condições perigosas, a expedição foi positiva e sem maiores problemas. Brad Gerlach, veterano da turma com mais de doze surf trips pela Europa, achou a excursão uma excelente viagem fora de temporada.
“Essa foi a primeira vez que estive lá no inverno e estou muito feliz pela oportunidade. Esse é o caminho certo para achar as maiores ondas, estando sempre preparado para entrar num avião e sair para algum lugar onde um swell muito grande está por vir”, disse.
Essa não será a última expedição do Odyssey pela Europa. Uma viagem mais longa está sendo programada para o outono.
“O potencial de ondas grandes da Europa é muito grande”, disse o diretor do projeto Bill Sharp.
“O Atlântico norte geralmente abriga ressacas mais intensas do que o Pacífico. É apenas uma questão de continuar analisando a região para achar onde quebram as maiores. Da Irlanda a New Hebrides, da costa francesa ao estreito de Gibraltar e da Madeira a Açores. Nós voltaremos para encontrar isso tudo”, antecipou Sharp.
“Toda vez que saímos para algum pico no meio do oceano, não estamos apenas procurando a onda de cem pés mas verdadeiras aventuras. Talvez não encontremos o Monstro do Lago Ness, mas com certeza encontraremos grandes peixes”, diverte-se Barney Barron.
Para obter mais informações, visite o site da Billabong Odyssey no endereço www.billabongodyssey.com