#O surfista profissional Renan Rocha, 31 anos, atual décimo nono colocado na elite do surf mundial, reuniu amigos, profissionais do mercado e imprensa, na última terça (17/04), para anunciar sua contratação pela tradicional marca francesa de sportswear Oxbow, na loja G-Zero, em São Paulo (SP).
O novo patrocínio foi celebrado com um coquetel para os convidados na loja, que entra como co-patrocinadora do atleta paulista.
“A intenção é que essa parceria não se resuma somente aos resultados em campeonatos, mas que se estenda à filosofia de vida que a Oxbow passa, relacionada à pratica de boardsports como wake, snow e surf, que inclusive eu também pratico”, explica Renan.
Segundo ele, um dos objetivos da marca é utilizar a experiência que Renan adquiriu em anos de viagens pelo mundo, onde conhece diversas novidades, e trazê-la para o Brasil.
#A Oxbow é uma marca bastante consolidada na Europa. “Na Austrália ela ainda não existe, nos EUA já entrou, mas ainda será feito um trabalho forte com a divulgação, e no Brasil está crescendo cada vez mais”, ressalta Renan.
“O lyfestyle é totalmente diferenciado das outras marcas de surfwear. Ela é produzida para um público que pratica boardsports, não só o surf”, conta.
?A Oxbow resolveu contratar o Renan porque ele é um atleta de peso, e até então tínhamos apenas um surfista que competia no WQS, o baiano Wilson Nora. Coincidiu dele estar sem patrocínio e se encaixar no perfil da Oxbow, pelo estilo de vida que leva. Não estamos buscando muitos resultados. Queremos que ele faça o que ele gosta com uma marca que se identifique e passe a imagem da Oxbow para os outros?, explica Cecília Costa, proprietária da empresa no Brasil.
#Renan acaba de voltar da perna australiana do WCT, onde disputou os dois primeiros eventos da temporada, o Quiksilver Pro e Rip Curl Series.
“Sofri um impacto na perna australiana. Achei que o surf brasileiro estava muito bem, mesmo não tendo resultados muito fortes. Consegui o melhor resultado na Austrália, um quinto lugar em Bell’s Beach. E isso mostrou que o surf brasileiro está bem. Só precisa acontecer o encontro entre o bom surf nas competições e os resultados”, explica o atleta.
Segundo ele, neste ano o nível no circuito está muito forte.
“Não será fácil. Todos os Top 44 estão em excelente forma, não tem essa de você cair com um cara que tem menos nome, ou que seja pior em ondas menores ou maiores. Se você conseguir ondas com nota cinco ou seis, não passa a bateria. Tem que tirar notas high score, de sete para cima”, comenta.
#Para ele, tanto os surfistas da nova geração como os mais velhos estão arrebentando.
“O Kelly Slater veio, puxou o nível e todo mundo teve que acompanhar. Por isso, neste ano, vejo todos com o mesmo nível. Não consigo ver o Slater lá na frente e todo mundo correndo atrás”, frisa o surfista.
“Em 2002 o circuito será muito interessante. Quem se deu bem na primeira etapa, se deu mal na segunda. O Kelly correu a primeira prova e não participou da segunda. No Tahiti, outros nomes aparecerão. Ou seja, o ranking vai ficar embolado do primeiro ao quadragésimo atleta, até chegar as etapas havaianas, onde rolam as provas “prime”, que oferecem 20% a mais de pontos. São nessas etapas que os surfistas podem sair do trigésimo para o décimo lugar no ranking. Todos os campeonatos terão mudanças. Vai ser pedreira desde o primeiro round”.
Ele elegeu os atletas da nova geração Bruce Irons, Mick Fanning, Joel Parkinson, Neco Padaratz, Bernardo Pigmeu, entre outros como os melhores no momento.
#A loja G-Zero foi inaugurada há um mês e meio e pertence a Renan e mais três sócios. “Ela foi muito bem aceita pelo mercado. A G-Zero possui uma concepção logística totalmente diferente das tradicionais surf-shops. Nela você encontra produtos da última geração relacionados com todos os boardsports, como surf, kitesurf, wakeboard e windsurf”, explica ele.
Os consumidores poderão encontrar na loja diversos livros sobre o esporte e os mais recentes vídeos, além de um local reservado para quem quiser navegar na Internet.
“Aqui o pessoal também encontra informação e acredito que isso hoje em dia é muito importante”, disse.
#Em maio, Renan parte para o Tahiti, onde acontece a terceira etapa do WCT, o Billabong Pro, em Teahupoo, e depois disputa o Quiksilver Pro, em Tavarua, nas ilhas Fiji.
