#Estilo clássico é baseado no movimento do surfista sobre a prancha. O surfista busca precisão, controle e elegância no passo, movimentando-se constantemente em toda a extensão da prancha, mas sempre tentando ficar o maior tempo possível pendurado no bico. Ao contrário do que se imagina, dentre os adeptos do estilo clássico é grande o número de surfistas jovens. Na Califórnia, por exemplo, muitos moleques de 15 a 16 anos, se divertem com seus “tanques” influenciados pelo ídolo americano Joel Tudor, atual campeão mundial Pro, e que se trata de um mágico do estilo clássico.
Comprimento – A maioria dos “classissistas” adota o tamanho 9’6″ como o ideal, pois é longo o suficiente para (a) consistência e inércia; e não tão longo para (b) a obtenção de maior dirigibilidade e controle nas curvas. Aumentando o comprimento da prancha, ganha-se no (a), mas perde-se no (b).
Outline – As medidas de largura são configuradas de modo a compor uma linha de outline mais paralela, de modo a beneficiar as necessidades para (a).
Comprimento | Largura de bico | Largura máxima | Largura de rabeta |
9’6″ | 18 1/2″ | 23″ | 15″ |
10’0″ | 18 1/4″ | 23 1/4″ | 15″ |
Espessura – É uma prancha volumosa, mesmo que o surfista seja leve. Uma prancha com 3″ de espessura máxima, por exemplo, funciona bem para surfistas de até 75kg, ou 31/4″ para um de 100kg. Não se deve poupar em flutuação, pois uma prancha clássica com pouca espessura fica totalmente descaracterizada.
Bordas – Generosas e suaves, com caimentos 50/50 ou 60/40, e pouco dome deck para manter estabilidade no caminhar do surfista ao longo da prancha.
Fundo – Devido à generosidade nas medidas de largura e espessura, a prancha flutuará bastante, não necessitando de muita curvatura. O “V” bottom bem acentuado e o kick-tail garante as necessidades para (b) e o concave no bico também é benvindo, aumentando o rendimento na remada e sustentação no noseriding.
Quilha – Definitivamente, 99,9% dos surfistas preferem single fin nas pranchas clássicas, e, para não perder o costume, que seja generosa, garantindo um noseriding seguro. A quilha de encaixe é bastante recomendável, pois possibilita ajustes no posicionamento ou na própria troca de quilha.
Rabeta – Pode-se usar qualquer uma, conforme o gosto do surfista. A square-tail, porém, ou ainda a round pin, sendo ambas bem largas, são as mais usadas.
Laminação – Uma camada de tecido de 6 onças em baixo, e duas camadas de 6 onças em cima, com banho final e polimento resultam em peso na medida certa: aproximadamente 8kg para a finalidade da prancha. Uma prancha clássica muito leve fica descaracterizada.