Ricardo Martins é o shaper preferido da galera Waves

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#Com cinco votos de vantagem sobre o shaper Avelino Bastos, Ricardo Martins foi eleito o melhor shaper do Brasil pela galera que navega em nosso site. Carioca, 36 anos, shaper há 15 e surfista há 23 anos, Martins ficou muito satisfeito com o reconhecimento em relação ao seu trabalho. Trabalhando atualmente em um sistema de cooperativa com os shapers Joca Secco e Cláudio Hennek, da Wetworks, além de shapear para atletas como Armando Daltro, atual líder dos rankings WQS e Abrasp, ele também recebe muitas encomendas. Anualmente ele também passa duas semanas no Japão, shapeando para a Act. Nessa entrevista, concedida logo após tomar conhecimento de sua vitória, ele fala sobre o seu trabalho e sobre as perspectivas do shape no futuro.

Como você se sente ao ver seu trabalho reconhecido como o melhor do Brasil pelos internautas da Waves?
O reconhecimento de nosso trabalho é sempre bem-vindo. Tenho trabalhado muito e me esforçado bastante para atender competidores e surfistas em geral. Fiquei muito feliz com esse resultado.

Quais atletas têm usado suas pranchas ultimamente?
Vitor Ribas, Armando Daltro, Raoni Monteiro, Renato Wanderley, Danilo Costa, Marco Polo, Yuri Sodré e Tita Tavares.

Como é sua relação com eles?
Muito boa. É importante trabalhar com eles, pois são pessoas que valorizam nosso trabalho quando conseguem bons resultados.

Você fornece pranchas de graça para eles?
Infelizmente isso não é possível. Quase todos eles pagam pelo menos o material. Cada um precisa às vezes de até quatro pranchas. E esse é um trabalho que pode ser de longo prazo, pois eles precisam de resultado e sabem que não podem “mesquinhar” na hora de encomendar uma prancha.

Como está o movimento em sua oficina?
Depois da desvalorização do real o movimento diminuiu. Estamos em entressafra. No verão chegamos a vender cerca de duzentas pranchas por mês.

Quanto custa uma prancha sua?
As pranchas encomendadas e vendidas em lojas saem por R$ 400.

Como é trabalhar em cooperativa na Wetwork?
Trabalhamos juntos eu, Joca Secco e Cláudio Hennek, mas de forma independente. A estrutura é grande e a equipe de trabalho é muito boa.

Qual o desafio de shapear?
Em todas as pranchas que faço sempre busco um algo a mais, tentando fugir da padronização. Esse é o grande segredo. É complicado porque um cara que se dá bem com uma prancha acha que ela é “mágica” quando ele está se dando bem. Se o cara se dá mal em três campeonatos seguidos a prancha é a primeira vítima.

Você acompanha os atletas que você patrocina nas competições?
Nem sempre é possível, mas no ano passado fui a Europa acompanhar as etapas do WQS e também assisti os campeonatos internacionais que rolaram no Rio.

Você tem visto algo de novo em termos de shape?
Não tenho visto nada de novo aparente. A base do surf é a velocidade, assim os shapers têm procurado dar respostas seguidas para atender essa necessidade de velocidade. Acho que a grande novidade que está por vir será em temos de material, que deverão ser cada vez mais compactos, que permitam que uma prancha não precise mais de laminação, apenas acabamento.

O que você acha de novas tecnologias como máquinas de shape?
É o futuro, não há como evitar. Em todas as áreas há avanço tecnológico, mas eu gostaria de voltar no tempo, quando as pessoas ganhavam mais por unidade do que por quantidade de pranchas vendidas. Prancha é um objeto feito com carinho, do início ao fim, mas o mercado é pobre. Com o tempo, muitos shapers irão perder seus empregos por causa desse avanço.

Os interessados em encomendar uma prancha com Ricardo Martins devem contatá-lo pelo telefone: (021) 428-2516,
ou enviar e-mail para [email protected].
E para saber mais sobre o trabalho da wetworks,
digite www.wetworks.com.br.