Nação Zumbi balança a ilha

0

A Nação Zumbi abriu a festa de abertura do Hang Loose Pro Contest 2004. Foto: Nancy Geringer.

A festa de abertura do Hang Loose Pro Contest 2004 rolou na última segunda-feira (2/2), em frente à igreja na Vila dos Remédios. 

 

O som na balada ficou por conta da banda Nação Zumbi, que se apresentou em um palco montado na praça em frente à igrejinha.

 

Competidores, imprensa e organização curtiram a balada, regada principalmente a muita cerveja Nova Schin.

 

O Nação Zumbi apresentou músicas do CD “Nação Zumbi”, lançado em outubro de 2002, que foi muito bem recebido pela crítica.

 

Logo depois do show, Jorge du Peixe conversou com o site Waves.Terra. Confira abaixo o rápido bate-papo com o vocalista e percussionista do Nação Zumbi.

 

 

Maryeva Oliveira e Dora Vergueiro (à dir) dançam ao som da banda pernambucana. Foto: Nancy Geringer.
Como foi tocar na festa de abertura de um evento de surfe?

 

Bem legal, porque tem muita gente do surfe que gosta do nosso som. Tudo condiz com a situação, além do prazer de estar aqui na ilha. Esta é a primeira vez que venho para cá e estou achando muito legal.

 

Como foi a preparação do último CD?

 

Ele foi lançado em 2002 e os destaques são as participações especiais. O disco foi co-produzido pelo pernambucano Artur Líndice, um cara que tem uma bagagem bem legal e já trabalhou com muita gente no Brasil. Ele co-produziu o disco, em parceria com uma galera de São Paulo chamada “Instituto”. Sempre que bolamos um disco novo trazemos alguns amigos para participar.

 

Jorge du Peixe comandou a apresentação. Foto: Nancy Geringer.
Vocês sempre foram superinfluenciados pelo maracatu, mas neste CD ele não aparece com tanto destaque. Como rolou essa mudança?

 

As pessoas acham somos uma banda regional, mas não somos. Fomos muito influenciados pelo maracatu, pois não podemos fugir da nossa cultura e da realidade em que vivemos. Mas, o que importa é preservar a identidade. Para nós a mudança é muito importante. É uma coisa natural. Você vai aprendendo, ouvindo e absorvendo novas influências. Nunca vamos fazer um disco parecido com o que já fizemos, é natural. A diferença e a variação são importantes para nós.

 

Quais são as principais novidades do CD?

 

É difícil relacionar tudo isso. Os integrantes da banda também têm várias influências. E isso reflete no que é o disco, no resultado final. Ouvimos bastante música jamaicana, muito reggae e dub. Também temos acesso aos poucos registros que existem de música pernambucana, como cirandas e o maracatu. Tudo isso influencia no resultado final.

 

Renan Rocha (à dir) e convidados curtem a balada em Noronha. Foto: Nancy Geringer.
Como o CD foi recebido pela crítica?

 

Foi bem aclamado e inclusive no ano passado ganhamos um prêmio de melhor banda de rock do ano. Também recebemos uma indicação para o Grammy Latino. Este CD superou as expectativas e está rendendo bons frutos.

 

E agora, quais são os projetos para este ano?

 

Estamos lançando um DVD com a gravação de um show que fizemos em setembro no Directv Music Hall e vamos inserir algumas coisas, backstage, imagens nossas da estrada, depoimentos. Queremos fazer um DVD interessante e não aquele DVD quadrado, que só tem o show e nada mais. Queremos transformá-lo no mínimo em algo interessante. A previsão é que chegue nas lojas até julho.