Contagem regressiva para o Quiksilver Pro

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Está tudo pronto na Austrália para a estréia do WCT. Foto: Guto Amorim.
A estrutura já esta sendo montada e por aqui só se fala no Quiksilver Pro, etapa de abertura do WCT 2004.

 

A expectativa é a de entrada de um bom swell para atingir a costa leste nas próximas semanas, o que deixa os atletas mais aliviados com a situação das ondas.

 

É que neste último verão ainda não entrou nenhum swell decente que lique Snnepar a Kirra. Na verdade, tem sido o pior verão dos últimos 30 anos.

 

Juntamente com o Quiksilver Pro, que começa no

Peterson Rosa já está na terra de Oz para a abertura do WCT 2004. Foto: Guto Amorim.
dia 2 de março, acontece também o Roxy Pro 2004, que traz uma vez mais a a brasileira Jacqeline Silva, que no ano passado terminou na semifinal.

 

Os atletas do WCT estão chegando devagarinho e Peterson Rosa já está na área para treinar. Os outros atletas brasileiros desembarcam em Coolangata depois do dia 25.

 

Além de treinar para o WCT, o paranaense Peterson Rosa aproveitou pra dar uma força a Adriano Mineirinho. Com exclusividade para o Waves.Terra, Peterson  abre o jogo sobre a experiência dele aqui na Australia. Confira.

 

E aí, Peterson, chegou um pouco antes pra dar uma treinada?

E esse ano decidi chegar um pouco antes e ficar aqui treinando com os caras e ver como eles estão surfando, o Parko, Mick, Deano, Occy … enfim, sempre ajuda. Também vim pra treinar as pranchas novas nessas ondas, mas o mar não está ajudando muito este ano. Fiquei sabendo que essa temporada tem sido o pior verão dos últimos 30 anos e os organizadores estão até preocupados com as ondas para o campeonato.

 

E 2003, o que aconteceu?
E 2003 não foi o meu ano. Já faz 10 anos que eu venho correndo o CT e 2003 foi o meu pior resultado, terminei em 26 no CT e 15 no QS. Então, por muito pouco eu não perdi a minha vaga. Sem dúvida foi o meu pior ano. No surf, todo mundo tem os seus altos e baixos e o meu foi ano passado.

 

E a Austrália, o que acha daqui?
Aqui tem altas ondas. O surf não pára e é um dos melhores lugares do mundo pra surfar e treinar. O clima é ótimo e a vibe do surf é muito forte.

 

E o Mineirinho, você chegou a tempo de assistir o furacão aqui na Australia? O que você achou?
Não, ele tá de parabéns. Eu nunca vi aqui na Austrália nada igual sobre o Brasil, como o Mineirinho fez. A imprensa colocou ele lá em cima, nunca um brasileiro, acho que nem o Neco, teve tanto espaco na mídia aqui como como o Mineirinho nesses dois meses. E acho que não foi aqui. Na Europa e América também. E ele tá de parabéns, o Pinga também. Ele conseguiu fechar um bom contrato, ainda que a situação no Brasil não está das melhores para os atletas. Mas é sempre bom vir para a Austrália, abrir um jornal e ver os caras falando do Brasil, e colocando ele como o novo Kelly Slater do surf. Acho que esse menino veio pra ajudar muito o surf brasileiro e deverá ser o campeão mundial que o Brasil está esperando tanto. Isso não está longe.

 

E o Jihad, como vê essa nova fase do seu “filho”?
Com certeza, o Jihad eu tenho ele, e todo mundo sabe, eu gosto dele como como se fosse meu filho. Ele me respeita muito e eu acredito muito nele. Acho que ele já devia ter explodido, atá já entrado pro CT. Mas ele tem muito azar com as condições do mar no QS, sempre ondas pequenas e difíceis, além da pressão mesmo, que é muito forte. Ele tem que ser mesmo mais constante, acreditar mais nele e fazer as manobras fortes e iradas que ele sabe. Como ele fez no WQS em Torres. Ele ainda é jovem e tem tudo pra explodir. Acredito muito nessa nova geração.