Jacque Silva agora sonha com o título mundial

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Jacque e Bira saboreiam a vitória na Austrália. Foto: Guto Amorim.

Depois de conquistar o título do Roxy Pro, Jacqueline Silva divide a vitória com o manager, família e patrocinadores.

 

Confira a entrevista exclusiva concedida ao nosso correspondente Guto Amorim, logo após a entrega de prêmios na Austrália.

 

Eu acompanhei você desde os campeonatos locais em Santa Catarina e agora te vejo ganhar uma das etapas mais importantes do WCT 2004.

Estou muito emocionado, e você, como está esse coração?

 

Estou amarradona, muito feliz por ter ganho esse campeonato aqui na Austrália. Acho que tudo isso é um resultado de mais de 15 anos de trabalho. Desde que eu comecei sempre tive muito incentivo da minha familia e do Ubirene “Bira” Schauffert, que sempre acreditou muito em mim e vem fazendo esse excelente trabalho há 15 anos, sempre organizando as coisas pra mim, me deixando tranquila só pra me concentrar na bateria. Agradeço também aos patrocinadores que me dão a maior força.

 

Já está pensando em conquistar o título deste ano?


Com certeza, o ano passado eu não terminei muito bem (10a), sendo que em 2002 eu fui vice-campeã. E agora, vencendo a primeira etapa fica bem mais fácil, já saio na frente.


O que que muda a partir de agora?


Não muda muita coisa pra mim e é lógico que eu vou me sentir muito melhor nas próximas etapas. Mas é um circuito mundial, as ondas mudam bastante e eu sempre me dou bem em ondas de qualidade, de linha. Engraçado que eu venho de Floripa, onde as ondas são mais curtas. Já aqui e em outras etapas as ondas são longas e normalmente point breaks.

 

Qual recado você manda para a nova geração?


Para a nova geração eu diria que o segredo é não desistir nunca, para estar sempre bem focada nos seus objetivos. Isso o Bira me ensinou desde  cedo. E queria deixar um recado para as grandes empresas do segmento acreditarem no esporte e na modalidade do surf feminino. Como eu e a Tita, imagine quantas meninas quebram no surf do Brasil e não têm oportunidade de evoluir por falta de patrocínio e competições.