Tita Tavares começa o ano sem um um patrocinador principal. Foto: Nilton Santos / Divulgação SuperSurf. |
No segundo semestre do ano passado, a atleta fechou parceria com a Off Siren. Mas, de acordo com Tita, no final do ano ela foi comunicada que a empresa não teria condições de bancá-la no WCT e o contrato não foi renovado.
“Estou correndo atrás da maneira que posso. Tenho que arrumar um patrocínio logo porque senão vai ficar difícil continuar na elite. Pretendo fazer das tripas coração para conseguir um patrocinador”, avisa a surfista, quinta colocada na primeira etapa do WCT 2004.
Para disputar o Roxy Pro, etapa de abertura do circuito mundial WCT, Tita vendeu a Parati Cross-Over que ganhou como prêmio pelo título brasileiro profissional no ano passado e pagou sua viagem para a Austrália.
“O problema é que comecei o ano preocupada com isso. Não consigo me concentrar apenas no surf. O dinheiro que ganhei lá, mal deu para custear as despesas da viagem e agora tenho pela frente duas etapas supercaras em Fiji e no Tahiti”, desabafa a atleta, que faturou US$ 5 mil pelo quinto lugar em Snapper Rocks.
“Eu não entendo porque os empresários não abrem portas. Mas, não baixo a cabeça. Sei que tenho um currículo invejável e vou lutar até o fim”.
Segundo Tita, sua meta neste ano é a conquista do título mundial no WCT. “Não estou mais para brincadeiras. O que eu passei serviu para que eu desse mais valor a tudo na vida. Comecei a surfar em tábua e ninguém reconhece o fato de eu não ter nascido em berço de ouro”.