Wiggolly Dantas é uma das armas de Ubatuba para garantir a liderança no ranking. Foto: Rosenval Rolins. |
A competição vale pelo ranking paulista para surfistas com até 18 anos. A disputa entre cidades foi criada pela Federação Paulista de Surf para dar mais emoção ao evento e, ao mesmo tempo, incentivar o trabalho de base.
?É mais um estímulo. A pontuação de cada atleta é levada para as equipes e, no final do ano, teremos a cidade campeã?, comenta Marcos Bukão, diretor técnico do Hang Loose Surf Attack.
O evento conta com cinco categorias individuais: Júnior (até 18 anos), Mirim (no máximo 16 anos), Iniciantes (limite de 14), Estreantes ou Infantil (até 12), Petit (10 anos), além da disputa especial envolvendo pais e filhos (válida só como demonstração).
Na classificação por cidades, Guarujá e Ubatuba estão empatadas. Cada uma venceu uma etapa no Hang Loose e também no Okdok Paulista – outra competição válida para o ranking final.
Com três dos cinco líderes do circuito, Ubatuba chega forte na disputa. Serão 25 atletas, com destaque para os juniores, Maicol Santos, vice-líder do ranking, e Felipe Ramos, irmão do ex-campeão da categoria, Saulo Júnior; e o mirim Wiggolly Dantas, atual campeão paulista e brasileiro Iniciante.
Os irmãos Matheus e Filipe Toledo, filhos do bicampeão brasileiro profissional Ricardo Toledo, são líderes na Iniciantes e Petit, respectivamente. Também aparecem como cotados Tamae Bettero, irmão de outro ex-campeão do Hang Loose e hoje no SuperSurf, Hizunomê Bettero; e a mais nova revelação, Wesley Moraes, de apenas seis anos, que chega credenciado por ser irmão de Wiggolly e Suelen Naraísa, vice-líder do SuperSurf.
Todos eles treinam na Escolinha Municipal de Ubatuba, criada em abril de 95, pelo técnico Alberto Jacob. Vários talentos já foram revelados, como Renato Galvão e Odirlei Coutinho, hoje líderes do SuperSurf e disputando o título brasileiro profissional desta temporada e também ex-campeões do Hang Loose. ?Cada vez mais aparece talentos, moleques bons?, diz o técnico.
?O que falta é patrocínio para essa galera e para a escola, que sobrevive graças à força que a Prefeitura dá. Mas, falta aquela marca de surfwear na lycra da escolinha. Há dois anos estamos sem patrocínio?, diz Jacob, que este ano é candidato a vereador em Ubatuba, querendo expandir o trabalho social que faz há 10 anos com o surf.
São Sebastião, que ocupa o terceiro lugar no ranking por cidades, também compete com uma equipe forte. O time sempre teve destaques na história do circuito, como Oscar de Souza e Danylo Grillo, revelações da escolinha criada pela Prefeitura. Hoje, a cidade conta com Robson ?Air? Santos, líder da categoria Júnior.
Ele e outros destaques, como Xande Moraes, na mesma categoria, Gustavo Henrique na Mirim, e Alan Santos e Arthur Aguiar, na Estreantes, fazem parte do trabalho da Escolinha de Surf da Baleia.
?Esses garotos surgiram no trabalho social que desenvolvemos, tanto em relação a treinos quanto no psicológico?, afirma o técnico Marcelo Aguiar. ?Também deve ser dado destaque para as escolinhas do Paulo Kid, do Ademir (ambas do Guarujá) e do Pixote (Praia Grande). Eles também fazem um trabalho sério e os resultados estão aparecendo.
Todas as escolinhas têm papel fundamental na formação dos surfistas paulistas?, acrescenta coordenador da escolinha, que também tem como destaques Erivaldo Paraibinha e Tide Tavares.
A competição começa às 8 horas nos dois dias, com as finais previstas para domingo, a partir das 13h30.