O mundo de olho no canto do Gravatá

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Estrutura pronta para receber o circo do WCT neste domingo. Foto: Ricardo Macario.

Com o vento sul lambendo a costa catarinense com toda força neste sábado, as condições mudaram bastante na ilha de Florianópolis.

 

O calor deu lugar ao frio, e as ondas sofreram uma rápida transformação no decorrer do dia, com séries mexidas chegando aos 2 metros no fim de tarde.

 

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Em mais um dia de folga para os atletas do circuito mundial, para alguns o jeito foi arrumar outras alternativas para passar o tempo.

 

Guilherme Herdy foi um dos tops que testaram o canto do Gravatá neste sábado. Foto: Ricardo Macario.
Porém, para outros o dever maior era enfrentar o frio e cair no mar para treinar nas ondas do Gravatá, como é chamado o canto direito da praia Mole.

 

É lá que está armada a estrutura que pode abrigar o circo do WCT neste domingo, quando pode ser definido o título mundial da temporada.

 

Por estar um pouco mais protegido da ação do vento sul, o local é o mais cotado para sediar as disputas da segunda fase do Nova Schin Festival 2004.

 

Surfistas como Guilherme Herdy, Raoni Monteiro e Léo Neves, além dos australianos Luke Hitchings e Tom Whitaker, fizeram o test-drive nas ondas mexidas de até 2 metros e com bastante correnteza.

 

?O mar está bem forte e torto, mas se tiver paciência dá pra fazer uma brincadeira. Se não pegar uma boa, com certeza vai levar uma bomba na cabeça?, brincou Herdy ao sair do mar.

 

Além dos atletas, alguns integrantes da comissão técnica também foram checar de perto as condições do pico. O australiano Perry Hatchet, juiz-chefe da ASP, esteve por lá e ficou aparentemente satisfeito com a situação.

 

?As ondas estão grandes e está ventando bastante, mas está surfável. É melhor cair em um mar mexido grande do que em marolas, e a previsão indica que amanhã o vento pode diminuir um pouco?, disse Hatchet.

 

Outro que estava no outside era o campeão brasileiro Renato Galvão, que terá a oportunidade de participar diretamente da decisão do título mundial da temporada.

 

Depois da primeira bateria da repescagem, entre Andy Irons e Ricardo Ortiz, Galvão enfrenta Joel Parkinson, único que pode tirar o terceiro título mundial das mãos do havaiano.

 

Se o australiano perder, o título vai para Irons, que irá se tornar tricampeão mundial consecutivo de surfe profissional. Se avançar, a missão de Renato Galvão passa automaticamente para o próximo adversário de Parkinson ? e assim será até a final.