Tapa na orelha

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Trilha sonora das baterias de Adriano Mineirinho é baseada em trance. Foto: Nancy Geringer.
Antes de entrar na bateria, os competidores ficam concentrados em todos os detalhes sobre as condições do mar. A maioria utiliza a música como uma importante aliada na busca pela concentração total.

 

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Basta olhar ao redor para notar os atletas ligados no som e desligados do mundo. O estilo que mais faz sucesso entre os Tops é o eletrônico, sobretudo o trance.

 

“Ouvir música é a maneira que encontrei para meditar. Escuto sons que puxam meus

Renan Rocha também ouve trance para se concentrar. Foto: Nancy Geringer.
batimentos para a frequência de treino com que estou acostumado, cerca de 140 batimentos por minuto”, revela Renan Rocha, garantido nas quartas-de-final do evento.

 

Rocha faz a cabeça com o trance. “Depende do momento. Aí, mudo a música ou o produtor. Não é todo mundo que consegue entender o som. Mas, consigo entrar no universo que quero e me desligar do mundo aqui fora”, explica Rocha.

 

Na mesma onda está o guarujaense Adriano Mineirinho, atual campeão mundial Pro Júnior. ?A trilha sonora das baterias que disputei foi baseada em muito trance, um estilo que gosto muito. Fico muito fissurado e tento fazer

Aussie Nathan Hedge faz a cabeça com o som do músico Ben Harper. Foto: Nancy Geringer.
exatamente o que sinto na música?,

 

Já o potiguar Marcelo Nunes afirma que não é sempre que fica ligado em um som antes da bateria. “Porém, quando rola também gosto de ouvir trance. Muitas vezes ajuda, principalmente quando você já está concentrado”, diz Nunes.

 

No entanto, o carioca Raoni Monteiro é mais chegado em um hip hop. “Este estilo de som me deixa mais calmo, com tranquilidade e inspiração”, confessa o carioca.

 

De acordo com Monteiro, a música faz parte do momento mais importante para os atletas durante as competições. “Ela aparece quando queremos nos desligar de tudo. Penso na onda, na prancha e me imagino surfando, tudo isso acompanhado por um som de primeira”.

 

Em contrapartida, o australiano Kierew Perrow é adepto de um som mais pesado. “Gosto de ouvir bandas como Metallica, Rage Against the Machine, bandas deste tipo”.

 

O também aussie Nathan Hedge integra o grupo dos que curtem um som mais calmo. “Costumo ouvir bastante o músico Ben Harper. Mas, também gosto muito de hip hop e reggae. Não importa o estilo, mas música é fundamental para a concentração antes da bateria”, confirma o australiano.