Alma de free-surfer

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Havaiano Pancho Sullivan é uma das atrações do Onbongo Pro Surfing 2005. Foto: Ricardo Macario.
Um dos grandes nomes do surf mundial e ídolo das novas gerações, o havaiano Pancho Sullivan está em Floripa para as disputas do Onbongo Pro Surfing 2005.

 

Aos 32 anos e dono de um surf potente e cheio de estilo, este exímio tube rider, local do North Shore de Oahu, está de olho na tão sonhada vaga para o WCT.

 

Para atingir sua meta, este ano Sullivan está disputando todas as etapas 5 e 6 estrelas do WQS, e eventualmente algumas 4 estrelas. Ocupa atualmente a 37a posição no ranking e se sente no auge da forma física.

 

Sullivan estréia com vitória na competição, que rola na praia Mole. Foto: Ricardo Macario.
?Decidi me dedicar este ano e competir nas principais etapas do WQS, pois quero tentar chegar no Hawaii relaxado para conseguir um bom resultado na Tríplice Coroa. O WCT atingiu um nível excelente e quero muito ter a oportunidade de estender meus limites contra os melhores do mundo nas ondas perfeitas em que o tour é realizado?, explica Sullivan.

 

Esta é a terceira vez que Pancho Sullivan vem ao Brasil. A primeira foi em 98, para disputar um campeonato na Joaquina, também em Floripa, e a última foi para a etapa do WQS realizada há alguns meses na Costa do Sauípe, Bahia.

 

Mesmo afastado das competições por um tempo, ele se sente maduro e diz estar surfando melhor do que nunca. ?Me sinto apto a competir de igual para igual com qualquer surfista da nova geração e já venci nomes como Kelly Slater e Andy Irons em finais. Não acho que a idade seja um problema, o próprio Kelly é um exemplo disso?, comenta.

 

Mas a razão de toda a motivação do havaiano está no fato de poder surfar as melhores ondas do mundo na companhia de apenas mais uma pessoa. ?Adoro competir, mas sou um free-surfer por natureza, acho que é minha herança genética. E hoje, disputar o WCT num lugar como Teahupoo, com apenas duas pessoas na água, é como uma session de free-surf de sonho. Para mim, pontos e dinheiro são secundários diante disso?.

 

Mas ele está tranqüilo e não se sente pressionado a entrar na elite mundial. ?Penso que na vida, o que tiver que acontecer irá acontecer. Temos apenas que dar nosso melhor para isso. Sou feliz por ter conhecidos lugares alucinantes e poder oferecer isso a minha família, principalmente à minha filhinha de um ano e três meses?, diz o pai coruja.