Estreante cearense Silvana Lima e carioca Raoni Monteiro relaxam em Snapper Rocks, palco da abertura do WCT na Austrália. Foto: Guto Amorim / Superbanks Image. |
Ondas mexidas de até 1,5 metros e forte chuva forçaram os organizadores a dar folga aos atletas. Uma nova chamada será feita às 6:30 horas deste sábado (18:30 horas desta sexta-feira em Brasília).
Nesta quinta-feira o evento foi transferido de Snapper Rocks para melhores condições no pico de Greenmount, em Raibow Bay, que apresentava longas direitas de 1,5 metros.
O show brasileiro começou a partir da sétima bateria com o veterano Victor Ribas mandando muito bem. Porém, o carioca precisava de uma boa segunda onda e perdeu para o novato sul-africano David Weare.
Yuri Sodré abriu a bateria com uma onda alucinante, mas a falta de conhecimento do pico contribuíram para a vitória do mais velho dos ?cooly kids?, Dean Morrison, ex-campeão em Snapper e que parece estar surfando melhor do que nunca.
Mas, apesar da derrota, Yuri vem surfando bem e parece que a onda do Superbanks se encaixou perfeitamente ao seu estilo.
A estréia de Pedro Henrique mostrou que ele está concentrado. Faltou apenas sorte e um pouco mais de confiança. Superado pelo experiente Tom Withaker, Pedrinho mandou bem e é mais um nome que deve estar entre os Tops do WCT.
Depois disso, só alegria, começando pelo pernambucano Paulo Moura surfando com uma linha mais polida, abrindo mais o arco nas manobras, usando bastante a borda na mudança de base e lip e soltando mais água nas manobras sem perder velocidade.
Essa combinação agradou os juizes e garantiu a vitória dele sobre o novato e competitivo surfista australiano Shaun Cansdell.
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Pernambucano Paulo Moura concentra-se para bateria do Quiksilver Pro 2006. Foto: Guto Amorim / Superbanks Image. |
Porém, desta vez ele perdeu para a experiência e garra do Bronco.
?Eu já venho para a Austrália há mais de 12 anos e sempre fico aqui em Coolangatta. Conheço muito bem as ondas e a galera local. Fora do Brasil, é o lugar onde eu mais me sinto em casa?, disse o respeitado surfista brasileiro, apelidado por Gary Elkerton como ?The Animal?.
Na última bateria do dia, o potiguar Marcelo Nunes levantou a torcida brasileira e até mesmo a galera local, que assistia a última bateria do dia sob forte chuva.
Nunes, atualmente sem patrocínio, fez uma excelente bateria e garantiu vaga na terceira fase.
?Nem acreditei que entrou aquela onda para mim. Fui passando com manobras rápidas para alcançar a junção e conseguir uma boa nota?, disse.
O Top do WCT contou que está surfando com uma prancha usada, comprada na fábrica JS, de Coolangatta.
?Queria pegar uma prancha nova, mas se rolasse um desconto. Mas não rolou. O preço era muito alto para mim, ainda mais agora que estou passando por uma fase difícil. Então vi uma prancha usada da surfista profissional Serena Brooks, uma 6 pés do jeito que eu gosto. E a prancha está voando?, completou Nunes.
Raoni Monteiro, Silvana Lima e Adriano de Souza tiraram o dia para descansar. ?Estou bem tranqüilo, aproveitando para relaxar bastante. Quero me concentrar para fazer uma bateria de cada vez?, disse Raoni, que encara Bruce Irons na próxima fase.
Com o Ipod em mãos, ele explicou que tipo de música costuma ouvir. ?Gosto de escutar Raimundos das antigas para dar uma instigada. Depois, para dar um relax, um Bob Marley?, resume.
Silvana Lima também está em ótima fase e fica treinando na Austrália até maio. ?Estou muito feliz por estar morando na Austrália. O lugar é muito bonito e parecido com o Brasil. Estou estudando inglês, competindo e viajando pelo país com o time da Billabong. É um sonho que estou realizando e agora quero mesmo é ganhar esse campeonato?, disse a cearense.
Já o garoto Adriano Mineirinho diz que não vê a hora de cair novamente na água. ?Estou ansioso para surfar a próxima bateria. Gosto muito dessa onda e vai ser show poder surfar somente com mais um surfista?, enfatizou Adriano de Souza, constantemente assediado pela mídia, mas sempre simpático e sorridente.
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