Fuga do carnaval

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Playa Madero, Nicarágua, com boas condições para um carnaval sem crowd. Foto: Darcy.
Depois de passar muitos carnavais em Garopaba (SC), neste ano fiz uma trip para a América Central.

 

Foi uma viagem curta, de apenas 12 dias, durante a semana do Carnaval. Eu e o amigo Claudio Martins, Claujones, voamos com destino a Manágua, capital da Nicarágua.

 

Alugamos um carro 4×4 e subimos direto rumo a Porto Sandino, povoado humilde localizado na saída de um rio onde rola uma esquerda clássica.

 

A região possui vegetação bem seca e o povoado é precário. 

 

Salsa Brava, Costa Rica. Foto: Darcy.
O mar estava pequeno e decidimos descer mais ao Sul no litoral do Pacífico. E de Sandino seguimos para San Juan del Sur.

 

Aí, sim! Com vegetação mais tropical, lindas baías se enfileiram para a escolha em qual delas surfar.

 

Optamos por Playa Madero, com vários picos na praia, fundo de pedra e o terral comendo a mil.

 

De lá dirigimos até a fronteira com a Costa Rica. Devolvemos o carro, atravessamos a pé e um táxi nos levou a Libéria.

 

A bordo de outro 4×4 alugado no aeroporto de Libéria, rumamos para Playa Negra. Novamente um terral forte nos acompanhava em direção ao Oeste.

 

Chegando ao pico, ondinhas de 2 a 3 pés me faziam imaginar naquela perfeição um pouco maior.

 

Fomos direto pra água. Depois de dois dias surfando ondinhas de 2 a 3 pés, bastou um rolé até Tamarindo Bay para constatar que o swell não estava com força.

 

De volta a Playa Negra, a notícia da chegada de um swell no Mar do Caribe nos fez arrumar as malas e cruzar o País em apenas nove horas.

 

Fomos para a área de Puerto Viejo e, durante os quatro dias que ficamos ali, pegamos dois dias de Salsa Brava, um em Punta Cocles e outro em Manzanillo.

 

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San Juan del Sur: visual de cair o queixo. Foto: Darcy.

São muito boas as ondas em Salsa Brava, picos sobre fundo de pedra e com boa profundidade.

 

Dificilmente toca-se o fundo ao surfar ondas muito boas, fortes e tubulares para os dois lados.

 

Na tentativa de confirmar nossa volta ao Brasil,  chegou a notícia da entrada de um swell em Pavones, localizado do outro lado do país, ao Sul do Pacífico – oposto a Playa Negra.

 

Levamos 10 horas por uma estrada bem sinuosa entre cordilheiras de vulcões da Costa Rica.

 

Salsa Brava, Costa Rica. Foto: Darcy.
Os visuais que levam ao Pacífico, atravessando parques e pontes, deixam a gente de boca aberta.

 

No final da estrada, bem ao Sul da Costa Rica, quase na divisa com o Panamá, fica o rio Claro, de Pavones.

 

Na saída do rio de águas cristalinas quebra uma das melhores esquerdas do planeta, bem na ponta da Baía de Pavon.

 

A vegetação deslumbrante e a galera totalmente “easy going” contribuem para criar a magia do lugar.

 

Ficamos lá por dois dias e as ondas continuaram pequenas. Voltamos a San Jose para embarcar de volta ao Brasil e checamos alguns picos durante o trajeto pelo litoral .

 

Estávamos ao nivel do mar, com temperatura de 36 graus e subimos a serra da Muerte. Em menos de duas horas, subimos 3.491 metros acima do nível do mar e a temperatura caiu para 6 graus.

 

No total rodamos 2.1 mil quilômetros em 12 dias de aventuras explorando diversos picos.

 

Foi muito bom conhecer dois países diferentes e de altas ondas. Espero em breve voltar a curtir a “pura-vida” da Costa Rica e o clima selvagem da Nicarágua.

 

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