Piloto de tubo

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Patrick Tamberg bem posicionado no quintal de casa. Foto: James Thisted / Divulgação Mormaii.

Patrick Tamberg é o primeiro atleta de Fernando de Noronha a integrar a elite nacional do SuperSurf.

 

Nascido em Natal (RN), o “xará” do antigo piloto de F1 mudou para o arquipélago com a família quando tinha apenas oito meses.

 

Atualmente ele mora em Florianópolis (SC), onde treina diariamente na praia Mole e no CT Aragua.

 

Com saudades, ele recorda as fortes ondas da Cacimba do Padre, onde aprendeu a surfar.

 

 

 

Tamberg é o primeiro atleta de Noronha na elite nacional. Foto: James Thisted / Divulgação Mormaii.

“É uma onda para frente, com tubo direto. Não tem como ficar matando barata”, explica Tamberg.

 

Aos 20 anos, recentemente ele viajou para o Hawaii com apoio do seu patrocinador, a Mormaii.

 

Em seguida, foi direto para Noronha fazer fotos publicitárias e disputar o Hang Loose Pro Contest.

 

Confira abaixo entrevista com o atleta sobre a nova fase que está vivendo.

 

Você foi criado nas ondas tubulares de Noronha. Já se adaptou à praia Mole?

 

Aqui não tem as as melhores ondas, mas isso ajuda bastante nas competições. É um bom treino psicológico para escolher bem na bateria. Não é por acaso que treino aqui. Acredito que este treino no Aragua trará um resultado positivo em breve.

 

Como está seu nível técnico comparado aos outros atletas do SuperSurf?

 

Sinto que me falta ritmo de competição, mas é algo que evolui com o tempo.

 

Conte como foi seu encontro com a equipe Mormaii em Noronha?

 

Saí do Hawaii e fui direto para Noronha. Foram 13 dias muito legais com toda a equipe fazendo filmagens e fotos para publicidade. No campeonato (realizado no início de fevereiro) deu altas ondas, pena que não consegui me achar na bateria. Mas minha hora chegará.

 

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O atleta mata a saudade dos tubos de Noronha. Foto: James Thisted / Divulgação Mormaii.
Fale um pouco sobre seu pico, a Cacimba do Padre.

 

Quando as ondulações começam a entrar, a areia do fundo é levada e a bancada de pedras bem rasa fica exposta. Já surfei várias ondas que se comparam a Pipeline, com tubos largos.

 

Todo mundo comenta, até mesmo Tops do WCT como Paulo Moura, que quem surfa a Cacimba dropa qualquer tipo de onda tubular. É o melhor lugar no Brasil para treinar se o objetivo é encarar Pipeline ou Teahupoo.

 

Então dá para comparar mesmo com Pipeline?

 

Patrick arma a cavada na Cacimba do Padre. Foto: Daniel Smorigo / Freesurfer.com.br.
A diferença é que em Pipeline o fundo é de coral. Na Cacimba tem uma bancada de pedra, mas a onda é sempre tubular, emparedada e também perigosa. No Boldró tem um pico mais para esquerda que chamamos de Pipe, onde o fundo também é só de pedra. Já vi várias ondas perfeitas no melhor estilo ‘Pipe’.

 

O Hawaii lhe deu mais base nesta última temporada?

 

Ajudou bastante a melhorar meu surf em ondas tubulares e pesadas. Essa viagem ajudará nas competições do WQS com ondas mais fortes.

 

Quais picos surfou no North Shore?

 

Surfei em Sunset e gostei muito de Pipe, mas não caí em Waimea. Ter nascido em Noronha me ajudou bastante a ter base para surfar a onda mais perigosa do North Shore.

 

Como lidou com o crowd?

 

Fiquei tranqüilo porque sabia que não pegaria a melhor onda. Estava sempre embaixo do pico, esperando a que sobrava para mim. A galera comentava que era perigoso ficar ali, mas foi o jeito que encontrei para pegar as ondas que queria.

 

Você se deu bem com essa tática?


Foi uma grande experiência ficar embaixo do pico e perceber a força da onda, do tubo.

 

Quais pranchas usou em Pipe?


Surfei com minha 6?6. Mas rolou um dia grande que usei uma 7?2.