Reverso do Hawaii

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Luis Claudio Duda, West Side de Oahu, Hawaii. Foto: Arquivo Duda.

O North Shore começa dar os sinais de mais uma temporada de ondas que chega. Todos sempre a espera de um bom swell.

 

No início de agosto, altas ondas em Ala Moana e no dia seguinte boas marolas, diversão com meu longboard.


Mas o filé estava previsto para chegar no terceiro dia, na parte da tarde. Liguei pro Guilherme – GT – que foi na madruga pro lado Oeste da ilha e passaria um feedback das ondas.

 

Tâmega confirmou mais de um metro e sabíamos que as ondas começariam a bombar

Josifran Araújo, West Side de Oahu, Hawaii. Foto: Arquivo Duda.
depois do almoço, quem sabe uns dois metros no fim de tarde .


Partimos de casa no início da tarde, amarradões porque tinha onda. Eu, Josifran Araújo e Jennifer Franzoi partimos em busca de um dia de boas ondas e diversão!


O visual do West side é o mais bonito da ilha: golfinhos brincam por toda a costa e as montanhas são muito visual. O caminho é muito maneiro, mas a galera queria saber das ondas.


Chegando perto começamos a ver umas ondas maneiras quebrando em um secret. Mais que

Duda põe no trilho de um legítimo tubo havaiano. Foto: Arquivo Duda.
depressa pulamos na água. A onda é bem divertida, mas não perdoa erros. Uma direita com a bancada muito rasa. É geralmente um tubo bem pesado e o inside não perdoa.

 

Sem um bom conhecimento de fundos de coral, você acaba se machucando. A onda é difícil de manobrar, muitas vezes é possível bater com o joelho nas pedras, de tão raso que fica em determinados momentos da maré.


Um bodyboarder local tentou uma manobra e saiu muito avariado do mar. Arrancou um bom filé do ombro, que somado a alguns cortes bem fundos nas costas foram o pagamento pela ousadia de manobrar no inside.

 

A direita é muito arriscada, realmente muito rasa, mas é também a melhor pedida. A esquerda é mais longa, com alguns tubos e termina num fundo de areia. É onde se concentra o crowd.

 

Uma onda irada que fez a cabeça da galera nesse verão de muitos flats e pouca ação. A temporada bate na porta lá pelo fim de setembro, quando realmente começa a brincadeira.

 

Vem mais uma temporada, com suas histórias, suas loucuras, guerra de egos, localismo e crowd. Mas o Hawaii não é feito apenas desses sentimentos. Existe muita camaradagem.

 

Ver o brother pegar aquele tubão, ou vice-versa é uma sensação irada. Curtir esse lugar tão especial para a pratica do bodyboard, um esporte que requer tantos cuidados da natureza para os poucos segundos que nos permitem participar dessa benção.

 

Essa é criação de Deus para o homem, que muitas vezes não consegue enxergar o quanto é plástico nosso esporte. A interação com a natureza, fluindo com a força do oceano.


A temporada 2007/2008 já é mais que esperada e que seja muito bem vinda, com seus prós e seus contras. As pedras no caminho a gente chuta.