E se o mar subir?

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Estreante no WCT, francês Mikael Picon pode ficar na roubada se o mar subir na praia da Vila, Imbituba (SC). Foto: Aleko Stergiou.

A praia da Vila é famosa no Brasil inteiro por segurar fortes ondulações.

 

Durante os anos 80 e 90, Imbituba recebeu ondulações de 15 a 18 pés, inserindo definitivamente o pico no cenário nacional das ondas grandes, ao lado de Saquarema, Rio de Janeiro.

 

Na etapa brasileira do WCT este ano, porém, as ondas não apareceram e a competição sofreu quatro dias seguidos de paralisação. Mas o mar já apresenta sinais que subirá.

 

Neste domingo as ondas já estão um pouco maiores, e a expectativa é de que possam ultrapassar a marca dos 2 metros nos próximos

Shaun Cansdell e Mikael Picon analisam o quiver. Foto: ASP / Covered Images.
dias.

 

No entanto, isso significa que os atletas precisarão de pranchas maiores. Será que eles estão preparados?

 

O australiano Mick Fanning, atual sexto colocado no ranking, afirmou não saber que Imbituba tem potencial para ondas grandes.

 

?Eu trouxe somente pranchas pequenas. Nas outras vezes as ondas não passaram de 1 metro, então nem me preocupei em trazer pranchas grandes?, comenta Mick, que conta com um quiver de seis pranchas entre 5?11 / 6?0 / 6?1 / 6?2.

 

Para o francês Mikael Picon, estreante no WCT este ano, as condições de surf não devem mudar muito nos próximos dias.

 

?Eu não conheço essa onda muito bem, é a primeira vez que surfo aqui. Antes de vir o Adriano de Souza me falou que pranchas até 6?1 seriam suficientes, então trouxe somente duas 6?1?, comenta.

 

Adriano de Souza, melhor brasileiro no ranking (em 16o lugar) , resolveu optar por um quiver de pranchas pequenas para a etapa brasileira. Sua maior prancha é uma 5?11, além de mais algumas 5?10.

 

?A galera está surfando de 6?1 em ondas acima de 3 metros no Hawaii. O mar não deve aumentar tanto como as previsões indicam. Minhas pranchas estão no pé, estou confiante e, se Deus quiser, vou conseguir um bom resultado aqui no Brasil?, completa o guarujaense campeão mundial Pro Junior em 2003 e campeão mundial do WQS em 2005.

 

Por incrível que pareça, o menor e mais leve surfista do WCT 2006, Victor Ribas, parece ser o mais bem preparado caso as ondas subam mesmo. Vitinho está com um quiver de sete pranchas entre 5?9 e 6?2.

 

?Mesmo que as ondas aumentem, ainda vou surfar com a 5?9 que trouxe, ela segura bem e esta no pé?, completa o brasileiro mais experiente no Tour, ao lado do paranaense Peterson Rosa.