A carioca Brigitte Mayer, que figura entre as principais atletas do surf feminino brasileiro há duas décadas, mostra sempre animação ao falar de campeonatos.
Aos 39 anos, ela é a mais velha entre as participantes da segunda etapa do Circuito Petrobras de Surfe Feminino em Ubatuba, e chega a enfrentar rivais com quase um terço de sua idade.
O que para muitos poderia ser um obstáculo, para ela significa energia.
?Uso essa diferença como combustível?, comenta a competidora, que aparece como um dos destaques na segunda etapa Circuito, no feriadão de 7 de setembro, na Praia Grande, em Ubatuba.
Apesar de a nova geração chegar com grandes nomes, Brigitte se mantém firme e com boas expectativas para a disputa da categoria profissional.
?Vou com muita disposição para mostrar o meu surf, canalizando todas as energias para que cada bateria seja positiva rumo ao topo do pódio?, diz a surfista, que gosta de enfrentar os novos talentos.
?Existe uma troca super saudável entre nós. Passo para elas toda a minha experiência e que é possível permanecer muito tempo no tour, caso elas se dediquem com muito amor pelo esporte?, fala.
?Em contrapartida, tento absorver toda a explosão e jovialidade e isso vem reavivando sempre a energia que carrego desde o começo da minha carreira?, complementa a atleta, que na etapa inicial do Petrobras Feminino, no Ceará, ficou em nono lugar.
Sobre o palco da etapa, Brigitte é só elogios. ?Adoro a variedade das praias, que recebem ondulações de diversas direções. A população nos recebe sempre com muito astral. Tenho ótimas lembranças de Ubatuba. Surfo lá desde que comecei a competir, há 20 anos, e pude viver momentos gratificantes, com várias vitórias?, falou o surfista.
Maior evento de surf feminino do país e comemorando a sua sexta temporada consecutiva de sucesso, o Circuito Petrobras reunirá cerca de 100 atletas, divididas nas categorias Profissional (válida como seletiva para o brasileiro profissional), Longboard, Open, Júnior, Mirim e Grommets.
São três dias de disputas no mar e muitas ações nas areias. Foi nesse campeonato que diversas surfistas surgiram e ganharam força, como a cearense Silvana Lima, hoje uma das estrelas do WCT. Outro exemplo é a carioca Maya Gabeira, que firma-se como uma das principais big riders do Mundo.
O Circuito tem o patrocínio da Petrobras, com apoio da Antiqueda Surfing Company, Bumbum Ipanema, Roxy Acessórios, Fluir Girls, Prefeitura de Ubatuba – Secretaria de Esportes, Governo do Estado de São Paulo, Marcha Mundial das Mulheres, Católicas pelo direito de decidir, Ministério do Esporte e Secretaria Especial de Políticas Públicas para Mulheres, Abrasp, CBS, Fpsurf e Associação Ubatuba de Surf – AUS.