Gaúcho Pro

Parceria fortalece arbitragem

0

Paulo Mota com a comissão técnica do Rio Grande do Sul Pro 2008. Foto: Zé Roberto / Divulgação FGSurf.

Desde que assumiu o comando da Federação Gaúcha de Surf (FGSurf) em 2006, a diretoria da entidade, liderada pelo presidente Orlando Carvalho, investe forte para colocar o Rio Grande do Sul de volta à vitrine do surf nacional.

 

Além da estrutura física oferecida aos competidores, que é visível a todos durante as competições, a FGSurf também trabalha na qualificação dos seus árbitros, através de intercâmbio com profissionais que são referência no centro do país e no exterior.

 

O Rio Grande do Sul Pro, que está sendo disputado na praia dos Molhes, Torres (RS), é mais uma prova disso. Os últimos campeonatos realizados pela Federação contaram com a presença de profissionais renomados quando o assunto é julgamento.

 

Já passaram pelas areias do litoral gaúcho nomes como Ícaro Cavalheiro e Luli Pereira (juízes do WCT) e Paulo Motta e Marcelo Nunes ? que são os head judges do evento, além de serem os diretores técnicos da Associação Brasileira de Surf Profissional (Abrasp) e também com larga experiência em competições das maiores entidades do surf a nível nacional e internacional.

 

Surfista profissional durante 17 anos e há cinco trabalhando na Abrasp, Motta avalia que a questão do julgamento no surf nacional ainda está em processo de evolução.

 

“A questão do julgamento no Brasil ainda tem um caminho muito grande a percorrer em busca de uma uniformidade e homogeneidade. E isso só será possível através desses intercâmbios. A idéia é buscar ficar o mais próximo possível dos critérios do circuito mundial”, explica.

 

O diretor técnico da FGSurf, Emílio Palmeiro, também acredita que a presença desses profissionais nos eventos da entidade serve para que o profissional daqui tenha a possibilidade de crescer e mostrar seu trabalho.

 

“É muito positiva, porque além de nossos juízes evoluírem em termos de qualidade de julgamento, também ajuda a unificar os critérios de acordo com o que vem sendo trabalhado no mundo inteiro. E proporciona uma visibilidade para os juízes. Até porque quem não é visto não é lembrado”, comenta Palmiero.

 

Um dos primeiros frutos dessa parceria foi a ida do gaúcho Luciano Matos, o Fuca, para trabalhar no Billabong Pro Junior, disputado em março no Chile.

 

Segundo Motta, a ida de Fuca ao Chile só foi possível graças a esse trabalho de aproximação, que proporciona a valorização do trabalho feito pelos juizes do estado.

 

Klaus Kaiser, tour manager da Abrasp para a região Sul e também da FGSurf, é outro que acredita que esse intercâmbio só vem a somar na evolução do surf gaúcho.

 

“A gente procura trazer todos estes profissionais renomados para engrandecer o trabalho dos nossos profissionais da arbitragem, buscar coisas novas, uma outra mentalidade de julgamento. Acho que quem ganha com isso não são só os juizes, mas os atletas, pois são avaliados com os critérios mais atuais e que são utilizados nas principais competições nacionais e internacionais”, avalia Kaiser.

 

A presença no Rio Grande do Sul Pro possibilitou a Motta acompanhar o trabalho desenvolvido pela Federação para alavancar o surf gaúcho.

 

“Acredito que o Rio Grande do Sul tem um potencial muito grande, mas ainda não explorou nem a metade. Fiquei positivamente surpreso com a qualidade do palanque e de toda a estrutura. A FGSurf está com patrocinadores fortes, que só estão investindo porque acreditam no trabalho. Fico muito feliz de ver isso”, destaca Mota.

 

O Rio Grande do Sul Pro é apresentado pela Planeta Surf e Vibe Shoes e conta com patrocínio: Banrisul, Corsan e Prefeitura Municipal de Torres. Apoio: Associação de Surfistas de Torres (AST), Fundação Conesul, SETUR e Fundergs. Realização: Espírito Radical e Federação Gaúcha de Surf (FGSURF).