O cabo-friense Victor Ribas é um dos brazucas que alcançou maior destaque na história do WCT e veio ao SuperSurf de Maresias participar das triagens como convidado.
Aproveitando a ocasião, Vitinho concedeu uma entrevista descontraída ao Waves, na qual fala sobre seus planos como surfista profissional e emite sua opinião sobre a situação atual dos brasileiros no WCT.
Mesmo não fazendo parte da elite, como está o seu desempenho no SuperSurf?
Já é o segundo campeonato consecutivo que eu não consigo passar as triagens. Acredito que no Brasil temos o melhor circuito nacional do mundo. Enquanto eu tiver o convite para correr as triagens continuarei tentando. Como eu tive um bom resultado na primeira etapa, ainda existe a possibilidade de entrar para a elite no ano que vem. Acho que o SuperSurf está de parabéns, o nível técnico está bem alto.
O que você acha da atual situação dos brasileiros no WCT?
A galera está no caminho certo. Já fazem alguns anos que eu vejo nível para chegar lá. O lance é manter a consistência, buscar estar sempre das quartas em diante, fazer finais, ganhar algum evento e pensar sempre alto.
Esses resultados que o Mineiro está obtendo no começo deste ano ajudarão os outros brasileiros a darem mais gás, porque não se compete um contra o outro e sim todos pelo mesmo país. Se o teu parceiro está dando certo, porque você não vai dar certo também? Ele é uma prova de que a visão que os juízes tinham dos brasileiros já está mudando. O caminho é esse, buscar no mínimo as quartas.
Você acha que a vitória do Bruninho em Teahupoo mudou a maneira do mundo enxergar o surf brasileiro?
Uma vitória no WCT sempre é bom, principalmente depois de tanto tempo. Em 2005 eu quase fui campeão na etapa de Imbituba (SC), portanto nada é impossível. O Bruno ter vencido esta etapa não foi loteria nenhuma. Ele era favorito e fez por merecer.
Quando ele foi pra final eu já sabia que ganharia do Manoa, sem contar sua execelente performance em outros eventos como, por exemplo, o Pipe Masters, onde os locais se dizem melhores que os tops do WCT e ele foi lá derrotar alguns deles.
Quais são seus objetivos atuais como surfista profissional?
Eu gostaria de correr mais algumas etapas do WQS e continuar buscando uma vaga para o SuperSurf, mas infelizmente estou ganhando muito pouco este ano, portanto está muito difícil de conseguir viajar. Estou selecionando campeonatos em casa e de repente eu farei aquela perna da Europa, que são vários campeonatos em uma viagem só.
Isso é o que eu posso fazer neste ano. Acredito que ainda tenho condições de voltar ao WCT pelo WQS, o negócio é buscar. Mais do que tudo eu preciso provar que tenho condições de chegar, para que as pessoas voltem a me apoiar.
Você está torcendo pra alguém nesta etapa do SuperSurf?
Eu tenho vários amigos aqui, mas também torço pra galera do Rio que chega junto, Marcelo Trekinho, Yuri Sodré e outros.