Oito pontos redondos, essa foi a nota destaque alcançada apenas três vezes no dia inaugural do I Pan-Americano de Surf Universitário, que acontece até este domingo, na praia do Futuro, Fortaleza (CE).
A marca foi alcançada pelo campeão brasileiro universitário Glauciano Rodrigues, surfista local da praia do Futuro, e o casal de norte-americanos da Flórida Eric Taylor e Amy Nichols, na competição que reúne nove países e recebeu elogios de muitos participantes, a exemplo de Paul West, técnico do casal destaque.
“Gosto muito das competições realizadas no Brasil e esse evento valoriza atletas que fizeram a opção pela universidade e continuam excelentes surfistas”, afirmou Paul, que também é secretário da Associação Pan-Americana de Surf (Pasa), entidade que promove a competição em parceria com a Associação Brasileira de Surf Universitário (Abrasu).
Amy Nicholl estava bastante feliz com sua performance e com os quinze pontos da média definida em duas ondas. “Foi uma onda de backside (surfada de costas) na qual apliquei duas batidas e finalizei bem”, disse a jovem surfista que lembrou ser essa a sexta vez que vem ao Brasil. Em 2006, com apenas 15 anos, a surfista veio pela primeira ao Brasil para participar do Mundial Júnior e provou o açaí, fruta que disse adorar e tomar sempre.
O outro norte-americano autor de oito pontos na prova, Eric Taylor, disse ter contado com sorte para alcançar oito pontos em sua melhor onda, escore igual ao que o brasileiro Glauciano Rodrigues alcançara antes fazendo média recorde quinze pontos que Amy Nicholl igualou.
Com sua média recorde, Amy passou a ser favorita ao título individual que Glauciano é maior candidato a deixar no Ceará, onde o único país com quatro surfista no evento principal é o anfitrião Brasil, o campeão do Tag Team, disputa de revezamento de quatro atletas, cujo vice foi justamente o forte Estados Unidos, que não resistiu ao somatório alcançado pelo destaque masculino Glauciano e pelos companheiros Gutembergue Silva, Ana Ceccarelli e Renata Tambon.
O evento prossegue neste domingo com o início da repescagem masculina, na qual finalmente Thibaut Breneol, de Guadalupe, pode estrear no Panamericano de Surf Universitário no Brasil, onde só desembarcou na tarde do sábado após atraso em seu vôo e tendo a bagagem demorado a ser entregue.
O evento foi aberto pela manhã com execução dos hinos dos nove países participantes, seguindo-se apresentação de maracatu e de sexteto formado exclusivamente por sanfoneiros no qual se destacava um garoto de nove anos chamado Felipe que se mostrou um virtuose no acordeon e arrancou aplausos de todas as delegações e dos cem alunos da Escola Pública que interagiram nas diversas atividades do evento e participaram da “ola” que não estava originalmente na programação.
O I Pan-Americano de Surf Universitário, tem entre atrações paralelas as disputas, “Arena digital” e o museu da Pena, marca brasileira de surfwear surgida a partir de uma oficina de conserto que depois se transformou em fábrica de prancha, sendo hoje patrocinadora de grandes eventos e atletas, entre eles Messias Félix, o atual campeão brasileiro masculino, feito até então inédito entre homens do estado.
O I Pan-Americano de Surf Universitário conta com patrocínio da Pena e Lojas Surfbeat, apoio Governo do Estado do Ceará através da Secretaria de Esporte, Prefeitura de Fortaleza, Ministério do Turismo, Ministério do Esporte, Agência Ponto Inicial, Revista Fluir, site Waves, Confederação Brasileira de Surf, Federação Cearense de Surf, Associação Cearense de Surf Universitário, Reggae Club, sendo promoção da Fortal FM e realização da PASA, ABRASU e Classic Promoções, assista por aqui.