Poluição em Itanhaém

ONG denuncia esgoto irregular

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Esgoto sem tratamento vaza na direção da praia dos Sonhos. Foto: Divulgação.

Durante os últimos meses, uma quantidade indefinida de esgoto foi lançada criminosamente na praia dos Sonhos, Itanhaém (SP). 

 

Trata-se do esgoto que parte da Praça do Pescado. O local é destinado à comercialização de pescados frescos e se encontra entre as praias do Sonho e dos Pescadores.

 

Localizada ao lado da praia dos Pescadores – cenário de grandes competições do surf paulista – a praia dos Sonhos é muito procurada por surfistas devido as boas ondas e por turistas que buscam tranquilidade.

 

Mas neste verão, suas areias estão contaminadas por uma “língua negra” que vem chamando a atenção dos moradores e visitantes que transitam no local. 

 

A Praça do Pescado, localizada entre as ruas João Farah e Ana Farah Bello, apresenta um sistema de esgoto inadequado e insuficiente. O diagnóstico consta no Parecer Técnico Ambiental (PTA) elaborado pela equipe técnica da Ecosurfi e faz parte da denúncia apresentada ao Ministério Público da cidade.

 

O documento afirma  também que o esgoto liberado de maneira indiscriminada é um problema de saúde pública. O resultado pode ser a contaminação por diversas doenças como hepatite, amebíase, febre tifóide, diarréias agudas, entre outras. 

 

De acordo Ana Carolina Peres, bióloga e voluntária da Ecosurfi, o esgoto despejado no local prejudica não só a balneabilidade das praias, mas também a estética natural do ambiente. 

 

“O problema não tem apenas o viés econômico, mas também apresenta seu aspecto ambiental, pois possibilita o aumento da quantidade de algas e bactérias nocivas na areia e na água”, comenta Ana.

 

Encaminhanda à Promotoria de Justiça de Itanhaém, a denùncia está protocolada sob o número 09/2010 e pode ser acessada por qualquer cidadão que esteja interessado em acompanhar o desdobramento da ação. 

 

“Há mais de um ano já existem ações dessa natureza em curso e nenhuma atitude foi tomada por parte das autoridades”, afirma João Malavolta, dirigente da Ecosurfi e autor da denúncia. 

 

Para obter mais informações sobre a ONG, acesse o site Ecosurfi