Todas as baterias do terceiro round do Coca-Cola Pro 2010 foram realizadas nesta sexta-feira (14/5) em ondas com até 1,5 metros na praia de Itaúna, Saquarema (RJ). O vento Sudoeste bombou forte e prejudicou a formação, mas não impediu mais um show de surf.
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O catarinense Willian Cardoso castigou as esquerdas do pico de backside e com fortes batidas e rasgadas arrancou 9.33 pontos dos juízes em sua melhor onda, para somar 14.60 e avançar junto com o local Raoni Monteiro, que obteve 13.53. O paulista Hizunomê Bettero e o australiano Shaun Cansdell foram eliminados.
“Está bem difícil. Com a maré seca todas as ondas pareciam que iam
fechar não dava pra saber qual seria a boa. Aquele high score que eu encontrei foi sorte, alguém empurrou ela para mim e falou vai e faz o teu trabalho, porque nestas condições está bem difícil e a bateria foi bem disputada”, relata Willian Cardoso.
A melhor somatória da rodada ficou por conta do potiguar Jadson André. Quarto colocado no ranking do ASP World Tour, ele atravessa um excelente momento na carreira e obteve 15.34 pontos com fortes ataques de frontside ao lip.
O australiano Jayke Sharp avançou na segunda posição com 9.26 pontos. Ambos deixaram para trás o paulista David do Carmo e o carioca Eric de Souza, que vinha de excelentes atuações nos rounds anteriores do evento.
“A bateria foi alucinante. Foi minha melhor. É sempre muito bom quando você consegue evoluir no decorrer da competição. O mar tem altas ondas, mas continua difícil, dei sorte de achar duas boas. Depois delas voltei para o pico para não deixar os outros atletas conseguirem pegar a melhor onda e estou amarradão de ter conseguido passar mais uma bateria. Este é um mar que possibilita o treino para algumas etapas do World Tour”, explica Jadson André.
Defensor do título da etapa o catarinense Neco Padaratz avançou mais uma vez em primeiro e continua invicto na prova. Ele somou 9.83 pontos, para passar junto com o cearense Heitor Alves e deixar para trás o também cearense Márcio Faney e o paulista Miguel Pupo.
“Estou feliz com este vento que vem lá da minha casa (Florianópolis) e dá um cheiro diferente no ar. Gosto dele, me faz sentir bem. A condição está bem difícil e precisaria ter um GPS para saber onde me posicionar. Para quem vê de fora é só uma linha imaginária, mas pra quem está lá dentro é um vasto oceano, então a gente só reza pra Deus mandar as ondas certas, ainda mais sem saber nada das notas por causa do vento. Continuamos firmes e fortes e Saquarema continua aumentando seu espaço no meu coração, cada vez mais”, diz Neco Padaratz.
Quem também quebrou as ondas do pico foi o peruano Gabriel Villaran, que com 11.63 pontos deixou para trás três grandes nomes do surf nacional. O local de Saquarema Leonardo Neves, que já defendeu o Brasil na elite mundial, ficou em último.
Os outros dois integrantes do atual grupo de classficados para o Dream Tour 2011 da ASP tiveram que brigar pela segunda vaga e o paulista Wiggolly Dantas levou a melhor sobre o catarinense Alejo Muniz.
“É a primeira vez que consigo surfar bem no Brasil. Acho que é porque as ondas aqui estão parecidas com as do Peru, então tenho mais facilidade para mostrar meu surf. Minha bateria foi muito forte, com três brasileiros muito bons, o Leonardo, o Wiggolly e o Alejo. Eu já estava contente em poder surfar com eles e vencer foi melhor ainda, não esperava isso e estou muito feliz por continuar no campeonato. Esse já é meu melhor resultado aqui no Brasil”, comemora Gabriel Villaran.
Uma nova chamada para reinício da competição acontece netes sábado às 7:30 horas.
Quarta fase do Coca-Cola Saquarema Pro 2010
1 Jadson André (Bra), Nathan Hedge (Aus) e Ricardo dos Santos (Bra)
2 Nathaniel Curran (EUA), Pablo Paulino (Bra) e Jayke Sharp (Aus)
3 Neco Padaratz (Bra), Raoni Monteiro (Bra) e André Silva (Bra)
4 Heitor Alves (Bra), Willian Cardoso (Bra) e Gustavo Fernandes (Bra)
5 Marco Polo (Bra), Messias Felix (Bra) e Jerônimo Vargas (Bra)
6 Sebastien Zietz (Haw), Victor Ribas (Bra) e Alex Ribeiro (Bra)
7 Jihad Khodr (Bra), John John Florence (Haw), Gabriel Villaran (Per)
8 Travis Logie (Afr), Wiggolly Dantas (Bra), Rodrigo Dornelles (Bra)
Terceira fase
1 Jadson André (Bra) 15.34, Jayke Sharp (Aus) 9.26, David do Carmo (Bra) 9.14 e Eric de Souza (Bra) 7.23
2 Nathan Hedge (Aus) 10.40, Pablo Paulino (Bra) 9.84, Gabe Kling (EUA) 8.74 e Rudá Carvalho (Bra) 5.90
3 Nathaniel Curran (EUA) 13.04, Ricardo dos Santos (Bra) 12.17, Franklin Serpa (Bra) 8.06 e Pedro Henrique (Bra) 6.40
4 Neco Padaratz (Bra) 9.83, Heitor Alves (Bra) 9.73, Márcio Farney (Bra) 9.27 e Miguel Pupo (Bra) 5.33
5 André Silva (Bra) 11.24, Gustavo Fernandes (Bra) 8.60, Dunga Neto (Bra) 7.83 e Leandro Bastos (Bra) 7.14
6 Willian Cardoso (Bra) 14.60, Raoni Monteiro (Bra) 13.53, Hizunomê Bettero (Bra) 10.33 e Shaun Cansdell (Aus) 9.93
7 Marco Polo (Bra) 9.70, Victor Ribas (Bra) 9.60, Kiron Jabour (Haw) 9.33 e Dayyan Neve (Aus) 5.30
8 Messias Felix (Bra) 12.77, Sebastien Zietz (Haw) 11.80, Lincoln Taylor (Aus) 8.50 e Dion Atkinson (Aus) 2.40
9 Alex Ribeiro (Bra) 12.93, Jerônimo Vargas (Bra) 10.43, Renato Galvão (Bra) 8.00 e Diego Rosa (Bra) 6.73
10 Gabriel Villaran (Per) 11.63, Wiggolly Dantas (Bra) 10.27, Alejo Muniz (Bra) 8.37 e Leonardo Neves 8.30 (Bra)
11 John John Florence (Haw) 14.23, Rodrigo Dornelles (Bra) 9.50, Jorge Spanner (Bra) 7.27 e Charlie Brown (Bra) 5.16
12 Travis Logie (Afr) 12.50, Jihad Khodr (Bra) 11.10, Rudy Palmboom (Afr) 8.07 e Simão Romão (Bra) 6.84
