Billabong Brasileiro

Catarinenses largam na frente

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Vicente Romero ajuda equipe catarinense a largar na frente no Billabong Brasileiro em Jaguaribe (BA). Foto: Fabriciano Jr.

Com o total de 66 pontos, a equipe de Santa Catarina comandou a abertura do Billabong Brasileiro de Surf nesta sexta-feira, em ondas mexidas de 1 metro na praia de Jaguaribe, Salvador (BA).

 

Também com ótimas performances, os paraibanos aparecem na segunda posição com 64 pontos, seguidos por Bahia, Ceará e São Paulo, empatados em terceiro com 62.

A competição, que será encerrada no domingo (30), teve como principais destaques individuais Victor Valentim (PR) e Marcelo Alves (BA) na categoria Open; Sidney Guimarães (SP), Demi Brasil (BA) e Krystian Kymmerson (ES), na Júnior; Filipe Toledo (SP) e Michel Rodrigues (CE) na Mirim.

 

Em busca dos títulos brasileiros de surfe em seis categorias e por equipes, mais de 170 atletas de 13 estados brasileiros marcam presença nas areias de Jaguaribe.

Cerimônia de abertura da etapa baiana. Foto: Fabriciano Jr.

 

Nesta sexta, entraram na água os atletas que disputam as categorias Open, Júnior e Mirim. Em ondas com formação um pouco irregular devido ao forte vento Sudeste, os atletas conseguiram dar um show para o público que compareceu para assistir às disputas.

Na Open, o maior destaque foi o paranaense Victor Valentim. Com a maior nota (8.00) e somatório (14.50) do dia, ele passou tranquilo pela oitava bateria.

 

“O mar apresenta uma certa dificuldade, pois a forte correnteza dificulta nosso posicionamento no pico. Mas consegui encontrar uma onda boa e aproveitar. Depois consegui fazer mais uma nota seis e fiquei mais tranquilo”, conta Valentim.

Filipe Braz avança à segunda fase da Open. Foto: Fabriciano Jr.

Já o baiano de Ilhéus, Marcelo Alves, conseguiu fazer a segundo melhor somatório da Open. Depois de construir 12.60 pontos, ele, que é alternate (não pontua por equipe), ficou na boa para correr a segunda fase, que começa às 7:30 horas do sábado. 

 

Outro baiano que brilhou, só que na categoria Júnior, e ajudou a equipe baiana a chegar aos 52 pontos foi Demi Brasil, de Morro de São Paulo. Ele passou em primeiro na 10ª bateria, com 11,23 pontos.

“O mar está difícil, mas consegui achar uma onda boa para manobrar. Estou muito tranquilo e focado para continuar na disputa e garantir boa colocação e pontos para a Bahia”, comemora Brasil.

 

Também pela equipe baiana, Iago Silva, de Itacaré, fez bonito. Ele garantiu vaga para a segunda fase da Open, depois de passar em primeiro lugar na terceira bateria do dia.

A etapa baiana serviu para mostrar também que a nova safra de surfistas brasileiros está chegando forte. Nos três últimos anos, o Brasil revelou uma das suas melhores gerações.

 

Nomes como Jadson André, Gabriel Medina, Marco Fernandez, Ian Gouveia, Alejo Muniz e Matheus Toledo deixaram uma grande responsabilidade para as novas promessas.

Um dos juízes do evento, Lapo Coutinho, elogiou o nível técnico da molecada, porém deixou claro que eles precisam surfar muito ainda para substituir os compatriotas que debandaram para o circuito mundial.

 

Porém, Coutinho comentou a dificuldade de julgar a etapa em Salvador, devido à condição balançada do mar, em decorrência do forte vento.

O circuito brasileiro de surfe amador é responsável pela revelação das grandes estrelas do esporte desde 1987. Vale destacar que o evento tem características olímpicas. Os estados são representados por equipes e os surfistas vão acumulando pontos ao longo das disputas, para definir a colocação das mesmas. Desta competição saem os campeões brasileiros da temporada e os representantes do país em eventos internacionais.

De acordo com o team manager (chefe de equipe) da Billabong, Zé Paulo, o Billabong Brasileiro de Surf 2010 é uma prova da filosofia da empresa de trabalhar com a renovação surfe no mundo. Idealizadora do Circuito Mundial Pro Junior, para atletas profissionais sub-20, a multinacional é também patrocinadora da etapa do World Tour (circuito mundial principal) no Brasil.

“Com um contrato de seis anos da etapa do World Tour no Brasil, não poderíamos deixar de apoiar a base do surfe no país, através do Billabong Brasileiro de Surf 2010. Esta competição é um celeiro de novos atletas, que mais tarde poderão fazer parte da nossa equipe”, explica Zé Paulo.