Na última quarta-feira (2/6), o catarinense Julio Terres, 16 anos, protagonizou ótima atuação Oakley Pro Junior 2010, etapa decisiva do título brasileiro Sub-20 que rola na praia da Joaquina, Florianópolis (SC).
No primeiro duelo do primeiro round, ele mandou para a repescagem o cabeça-de-chave Caio Ibelli, que começou bem com 7.17 pontos, porém foi surpreendido com 7.50 do catarinense, que somou 12.00 pontos e ainda encontrou um belo tubo.
“Ontem a bateria foi difícil, porque o mar estava meio complicado e o Caio Ibelli fez um 7.17, o que me deixou precisando de uma nota boa. Consegui encontrar uma onda boa que formou um tubo e consegui sair certinho. Os juízes me deram 7.50 e consegui avançar direto para terceiro round”, conta Julio Terres.
Nascido em Florianópolis, ele mora entre a Joquina e a praia Mole, picos onde treina desde criança e conhece muito bem.
Não é de hoje que o garoto está familiarizado com as baterias. Há anos ele já participa de diversas competições amadoras e sempre que possível viaja de ônibus com seus parceiros de treino para outros estados, buscando sempre as competições de melhor nível pelo Brasil. Agora ele está prestes a se profissionalizar e pretende disputar em breve os circuitos profissionais.
“Este ano ainda vou competir as provas amadoras, mas no começo do próximo já vou me profissionalizar. Começo a cair de cabeça nos WQS e nas etapas do Catarinense Profissional. Quero ver se no ano que vem já começo com bons resultados no profissional, mas por enquanto vou continuar treinando bastante”, revela o garoto local.
O faro para os tubos não é por acaso. Apesar da pouca idade, ele já tem quatro temporadas havaianas na bagagem, além ter ido três vezes ao Peru e uma vez ao México, locais onde busca se especializar e ondas diferentes do que as do Brasil.
“Isto é uma ótima experiência para mim, porque quando o mar fica grande é um passo à frente em relação aos outros atletas, já que lá aprendi a pegar ondas de peso”, conta Terres.
Quando o papo é sobre ídolos, Julio orgulha-se de poder surfar ao lado do maior deles, o paraibano Fábio Gouveia, que atualmente também reside na Ilha da Magia.
“Entre o brasileiros, sem dúvida meu grande ídolo é o Fabinho Gouveia, porque além da história dele e do surf que ele tem, é um grande exemplo a ser seguido. É irado poder conversar com ele e até pedir uns toques. Ele sempre conta sobre suas experiências. Sempre aprendo algo com ele, como por exemplo o posicionamento dele no tubo, ele tem um estilo muito irado”, admira Julio.
Entre os estrangeiros, o jovem atleta também busca inspiração nos grandes nomes e sabe os exemplos que devem ser seguidos.
O Fanning é o meu preferido, tem o surf muito fluído, mas como atleta não existe ninguém melhor do que o Kelly Slater, ele já foi nove vezes campeão mundial e é ídolo de qualquer surfista. Lembro de uma entrevista do Fanning, quando ele foi uma vez campeão mundial e largou de lado. Disse não sabia como o Kelly tinha conseguido repetir isto nove vezes, então isto sim é um grande exemplo de atleta”, relata o catarinense.
“Quero mandar um abraço para toda galera que está conferindo o campeonato e agradecer a toda galera de Santa Catarina que está aqui torcendo por mim”, finaliza Julio Terres, que no próximo round irá enfrentar o carioca Yan Guimarães.