Maresia Girls International

Jogo rápido com Silvana

0

Silvana Lima é cabeça-de-chave número 1 do Maresia Girls International. Foto: Basílio Ruy.

Depois de começo irregular na temporada, atleta vem de bons resultados no World Tour. Foto: Basílio Ruy.

Atual vice-campeã do World Tour e terceira colocada no ranking da elite nesta temporada, a brasileira Silvana Lima é a principal estrela entre as atletas que participam do Maresia Girls International 2010, WQS de nível 6 estrelas disputado na praia Mole, Florianópolis (SC).


Com um surf progressivo, a cearense de Paracuru ganhou o mundo com o bom desempenho em ondas grandes e por ser uma das poucas surfistas que possuem manobras aéreas em seu repertório.


Depois de um começo irregular em 2010, Silvana vem de dois bons resultados no WT e reencontrou o caminho da vitória na última etapa, realizada no mês de junho em San Bartolo, Peru.


A brasileira não tomou conhecimento das melhores surfistas do mundo para chegar ao lugar mais alto do pódio. Silvana Lima atropelou as australianas Stephanie Gilmore e Sally Fitzgibbons, respectivamente líder e vice-líder do circuito mundial de 2010.


Na rápida entrevista abaixo, concedida durante as baterias do Maresia Girls International, Silvana fala das expectativas para o resto da temporada na elite do surf feminino, explica o que falta para o Brasil se tornar uma potência no esporte e comenta sua participação no WQS em Floripa.

 

Você demorou a engrenar no circuito mundial deste ano, mas obteve uma excelente vitória na última disputa no Peru. Restando apenas três etapas (Portugal, Porto Rico e Hawaii) para o final da temporada, ainda dá para sonhar com o título?

 

Com certeza, a gente tem que pensar sempre positivo. Se ainda faltam três etapas e eu ainda não estou fora, então continuo na briga. Vai ser bem mais difícil do que no ano passado, com certeza, mas posso sonhar que este pode ser o melhor ano da minha vida, da minha carreira, então continuo acreditando.

 

Stephanie Gilmore já é considerada por alguns como uma das maiores surfistas de todos os tempos, há alguma maneira de barrar a atual tricampeã do tour?

 

Na verdade, eu não sei. Acho que ao mesmo tempo tem e não tem um jeito. Eu entro na água para ganhar, dar o melhor de mim. Para vencer ela você tem que entrar na bateria já pensando em tirar no mínimo duas notas oito, ou um nove, porque com certeza ela vai tirar notas boas. Tem que entrar na água pensando em ganhar.


Atualmente você é nossa principal esperança para o sonhado primeiro título mundial. Sente alguma pressão a mais por isso?

 

De jeito nenhum, não me atrapalha em nada. Como disse antes, entro na água pensando em avançar bateria por bateria, então acho este tipo de pressão só ajuda. Eu estou curtindo o tour ainda, então eu só tiro proveito disso (risos).


O que falta para o surf brasileiro atingir o nível das americanas, australianas e havaianas que dominam os primeiros lugares do circuito mundial há um bom tempo?

 

Falta o que é o principal: patrocínio para as atletas viajarem mais, saírem do Brasil e treinar em ondas diferentes. É muito importante entender outras línguas e competir em outros lugares. Aqui às vezes as meninas não têm dinheiro nem para competir no próprio país. Então o que falta é patrocínio.

Para encerrar, comente sua participação no Maresia Girls International. Qual sua expectativa para o evento?

 

Minha expectativa é me dar bem, fazer um bom resultado. Este ano já corri dois eventos WQS e não me dei bem. Então espero fazer um bom trabalho aqui nesta etapa de Floripa.

 

O Maresia Girls International WQS 2010 é transmitido ao vivo pelo site da Maresia.