Pig e O'Brien

Quem é quem no México

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O pernambucano Bernardo Pigmeu voltou recentemente de uma trip que fez ao México ao lado de Jamie O’Brien, com o objetivo de produzir imagens para o novo filme do havaiano: Who is J.O.B?.

Amigos desde os tempos que O’Brien corria o WQS, Pig não viajava com ele havia dois anos. Encontrava-o somente no Hawaii, onde costuma passar a temporada em sua casa, em frente ao pico de Pipeline.
 
“Há bastante tempo queríamos fazer uma viagem para pegar boas ondas. No início do ano, Jamie queria vir a (Fernando de) Noronha, mas não rolou. Aí, pensamos em ir para a Indonésia, mas as datas das competições coincidiam com os dias que queríamos ficar por lá. Por fim, fomos ao México, onde pegamos boas e nos divertimos bastante”, comenta Pigmeu.
 
A barca foi composta por cinco integrantes: Pig, Jamie, os videomakers Rubem e Adan, além de um fotógrafo. O grupo permaneceu por lá duas semanas, baseado em Pascuales, na região de Manzanillo.

“Na primeira semana deu boas ondas, de mais de 2,5 metros, com um pouco de vento. Já a segunda semana foi bem melhor, com uma formação perfeita e séries variando entre 2 e 4 metros”, conta o competidor.
 
Além do surf de alto nível, a mistura entre Pig e Jamie rendeu muita diversão fora da água.

“Todos no grupo eram divertidos. Teve um dia que surfamos muito e voltamos para casa cansados. O fotógrafo colocou uma panela com água no fogão e foi para o quarto baixar as fotos no computador dele. O cara dormiu e certa hora a casa estava cheia de fumaça”, diz Pig.

“Quando descobrimos o que  tinha causado todo aquela fumaceira, decidimos aprontar com o fotógrafo. Para o azar dele, e nossa sorte, ele dormia com a boca aberta. Compramos cinco tipos de pimentas, das mais fortes que existia por ali e fizemos uma pasta. Colocamos na boca do cara e vocês não imaginam a reação dele. Ele ficou por horas embaixo do chuveiro (risos)”, completa.
 
Esta foi a terceira vez de Pig no México. A primeira foi em setembro de 2001, bem na época que rolaram os atentados aos Estados Unidos.

 

“Fiquei preso lá, pois os aeroportos estavam fechados”, recorda. A segunda foi para a gravação do filme da Hang Loose, Sambatrance&Rockn’roll, com os companheiros de equipe.
 
Sobre a temporada no WQS, Pig reconhece que faltam bons resultados para colocá-lo na briga por uma vaga no World Tour.

“Sei que ainda tem muitos pontos em jogo e sou o tipo de pessoa que se conseguir um bom resultado é o suficiente para ganhar motivação e ir para cima”, diz Pig.

 

“Prometi para mim que para este pegaria mais leve nas competições, porque fiquei chateado com meu fim de temporada no ano passado. No Hawaii, perdi em uma bateria que me garantiria na elite. Esta foi a segunda vez que me encontro nesta situação”, recorda o atleta.

 

“A primeira foi em 2005 quando não me classifiquei por uma vaga. Quero muito quebrar este tabu e vencer uma etapa do WQS. Já fiz algumas finais, tive oportunidades e deixei escapar nos minutos finais. Só vou me tranqüilizar quando vencer porque sei que vou me libertar de várias coisas com uma vitória”, reconhece.
 
Este ano, Pig pretende intensificar o treinamento no Hawaii. “Já tem duas ou três temporadas que depois das competições volto para casa. Este ano vou fazer diferente e ficar lá para pegar boas ondas e matar as saudades de Pipeline”, finaliza.