Com uma bela atuação nas pesadas ondas de Culs Nus Beach, o potiguar Jadson André garantiu seu passaporte ao terceiro round do Quiksilver Pro ao derrotar o australiano Matt Wilkinson na tarde desta quinta-feira (30/9) em Hossegor, França.
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Um tubaço de backside e um aéreo de frontside. Estas foram as armas do brasileiro no combate, em ondas que passaram dos 2 metros nas maiores séries e quebraram o tempo todo em picos indefinidos, para dificultar o posicionamento dos atletas.
Jadson dominou as ações do início ao fim. Depois de algumas tentativas em ondas médias, a cerca de oito minutos para o término da bateria, Jadson encontrou sua primeira onda boa.
Uma bomba para a direita, na qual ele despencou no drop e botou para dentro de grab rail, para sair limpo ao fim do túnel, castigar a junção com uma paulada e receber nota 6.50 dos juízes.
“Eu sabia que tinha que usar a inteligência e tentar pegar as melhores ondas da bateria. Foi isto que eu fiz e deu certo a tática. Consegui pegar uma direita boa que rendeu um tubo e ainda dei uma manobra na finalização que eu não consegui voltar direito, acredito que foi ali que eu quebrei minha prancha. Acabei de ver e minha prancha está trincada no meio. Ou talvez na minha penúltima onda, em que eu tentei dar um áereo alto de double grab e voltei no buraco. Quase consegui completá-lo, mas estava muit arriscado, eu poderia completar e me machucar”, explica Jadson André.
No último minuto, Wilkinson encontrou uma boa direita abrindo e encaixou uma série de manobras que poderiam ter sido sua salvação, mas o brasileiro não deu mole e a três segundos para o término conseguiu entrar em uma boa esquerda que parecia uma fechadeira.
“A bateria foi bastante disputada, como previsto. O Matt Wilkinson surfa muito e é novato no circuito como, também está precisando muito de um resultado. As condições estavam 100 % favoráveis para ele, altas direitas. Não que eu não consgia ir também de backside, mas todo mundo do circuito sabe que ele é um doas caras que tem o melhor backside”, admite o potiguar.
Mas não para Jadson André, que ganhou o máximo de velocidade possível e foi às nuvens com um belíssimo aéreo de frontside completado com sucesso, aliás ele foi o único atleta do dia que arriscou as decolagens nestas ondas.
Pela façanha ele foi premiado com 7.33 pontos e acabou com a esperança do australiano que foi derrotado por 13.83 a 9.00 pontos e está fora do evento.
“Não sei onde eu quebrei a prancha, mas to amarradão de ter passado esta bateria e vamos tentar manter este foco que depois do resultado do Brasil eu ainda não consegui obter nenhum resultado tão expressivo. Vou me manter focado porque o mar vai crescer bastante e o importante é continuar neste ritmo”, finaliza Jadson André.
Antes disso na segunda bateria do dia o havaiano tricampeão mundial Andy Irons inaugurou os tubos do pico, com um belo canudo limpo para a direita, avaliado em 9.07.
Porém isto foi tudo que ele conseguiu e morreu precisando de uma segunda nota, já que a resposta do australiano Luke Munro veio logo com um tubo melhor ainda, avaliado em 9.77 pontos pelos juízes, a melhor onda do campeonato até o momento.
“Andy é um surfista incrível e sabemos que ele é capaz de obter boas pontuações em qualquer lugar do Tour e a qualquer momento. Acredito que ele deva estar bem chateado com este resultado, ainda mais depois de uma grande vitória no Tahiti, mas ele estará de volta ao pódio novamente em breve”, acredita Luke Munro.
“Eu me senti muito confortável no outside, como se estivesse em casa. Meu plano era pegar o máximo de ondas possíveis. Eu acho que naquela onda que valeu 9.77, eu fui um pouco ganancioso. Provavelmente eu poderia ter segurado lá dentro por mais um segundo, mas quis ter a certeza de que poderia sair também”, finaliza o australiano.
Único brasileiro no evento, o potiguar Jadson irá encarar no terceiro round o francês Jeremy Flores, que é o ídolo da torcida, porém não vem tendo uma temporada das melhores.
Uma nova chamada para um possível início de prova acontece nesta sexta-feira às 2:45 horas da manhã (horário de Brasília), em Culs Nus Beach.
Confira mais fotos e vídeos em nossas próximas atualizações.
Terceira fase do Quiksilver Pro 2010
1 Taj Burrow (Aus) x Daniel Ross (Aus)
2 Damien Hobgood (EUA) x Taylor Knox (EUA)
3 Dane Reynolds (EUA) x Brett Simpson (EUA)
4 Owen Wright (Aus) x Patrick Gudauskas (EUA)
5 Michel Bourez (Tah) x Chris Davidson (Aus)
6 Kelly Slater (EUA) x Julian Wilson (Aus)
7 Jordy Smith (Afr) x Gabe Kling (EUA)
8 Jadson Andre (Bra) x Jeremy Flores (Fra)
9 Adrian Buchan (Aus) x Kai Otton (Aus)
10 C.J. Hobgood (EUA) x Tom Whitaker (Aus)
11 Fredrick Patacchia (Haw) x Kieren Perrow (Aus)
12 Mick Fanning (Aus) x Luke Munro (Aus)
Repescagem
1 Kelly Slater (EUA) 10.00 x Maxime Huscenot (Fra) 7.40
2 Julian Wilson (Aus) 11.44 x Bede Durbidge (Aus) 10.24
3 Gabe Kling (EUA) 11.20 x Adriano de Souza (Bra) 10.10
4 Damien Hobgood (EUA) 11.17 x Travis Logie (Afr) 9.50
5 Luke Munro (Aus) 16.87 x Andy Irons (Haw) 11.00
6 Daniel Ross (Aus) 10.77 x Bobby Martinez (EUA) 5.17
7 Tom Whitaker (Aus) 14.50 x Tiago Pires (Por) 8.10
8 Jadson André (Bra) 13.83 x Matt Wilkinson (Aus) 9.00
9 Michel Bourez (Tah) 9.10 x Roy Powers (Haw) 2.33
10 Chris Davidson (Aus) 8.00 x Dusty Payne (Haw) 6.84
11 Kieren Perrow (Aus) 10.60 x Luke Stedman (Aus) 7.47
12 Taylor Knox (EUA) 11.67 x Adam Melling (Aus) 10.03