Rip Curl Women's Pro

Carissa Moore leva a melhor

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Carissa Moore não dá chances à tricampeã mundial. Foto: © ASP / Kirstin.

A havaiana Carissa Moore é a vencedora do Rip Curl Women’s Pro, sexta etapa do ASP Women’s World Tour encerrada neste sábado (9/10) em Peniche, Portugal.

 

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Em esquerdas com cerca de 2 metros e forte vento terral, ela derrotou a tricampeã mundial Stephanie Gimore na final por 17.44 a 8.60 pontos.

 

Com fortes batidas, rasgadas, cutbacks e floaters muito bem

Carissa Moore e Stephanie Gilmore comemoram no pódio. Foto: © ASP / Kirstin.

executados de backside, Carissa não deu chances à australiana e ditou ritmo do duelo do início ao fim, além de deixá-la em combinação depois de somar notas 9.17 e 8.27.

“Estou realmente empolgada e sem fôlego neste momento”, diz Carissa Moore logo depois da vitória. “Eu apenas tentei vencer cada uma das baterias e não pensar no evento como um todo, só foquei no meu surf a cada duelo. Não tive muito tempo para pensar no que estava acontecendo. As ondas estavam muito boas e quando me dei conta já estava fazendo uma final contra a Steph”, revela Carissa Moore.

Enquanto as outras competidoras encontraram certa dificuldade para entrar em sintonia com as ondas do pico, a jovem havaiana de 18 anos apresentou um surf fluído e com manobras sólidas durante todo o dia.

Para fechar a atuação com chave-de-ouro e não deixar dúvidas quanto ao merecimento do título, na final ela ainda obteve a melhor nota individual e o melhor somatório de todo evento.

Com este resultado, Carissa vai da 8ª para a 5ª colocação do ranking. Ela não havia participado da última etapa do Tour no Peru para concluir os estudos na escola, mas agora está definitivamente de volta às competições e promete ser uma das maiores revelações entre a elite feminina.

“Agora que me formei na escola não tenho mais desculpas. É muito bom ter este tempo extra para se dedicar somente ao surf. Estou amarradona por estar aqui agora e a próxima é em Porto Rico. Eu nunca estive lá antes e cada evento é uma nova chance. Ouvi dizer que as ondas são muito divertidas por lá e mal posso esperar por isso”, finaliza a campeã da etapa portuguesa.

Esta é a segunda vitória da havaiana em sua carreira, sendo que a outra também aconteceu neste ano, na terceira etapa do circuito na Nova Zelândia.

Stephanie Gilmore, 22 anos, já tem três vitórias nesta temporada e com este segundo lugar ela abre mais distância ainda no ranking, além de reforçar o favoritismo para a conquista do quarto título mundial consecutivo.

“As ondas aqui em Peniche são sempre muito divertidas. Infelizmente não dei nenhum show hoje, mas Carissa mostrou a todos o quanto as ondas estão boas. Estou muito feliz com este resultado e já estou pensando no próximo evento”, declara Stephanie Gilmore.
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Stephanie Gilmore cava na base de backside. Foto: © ASP / Kirstin.

Já a australiana Claire Bevilacqua, 27 anos, conquista o melhor resultado de sua carreira depois de cair na semifinal diante da campeã e ficar com a terceira colocação.

“Estou feliz com o resultado e também feliz por poder passear e desfrutar de Portugal por alguns dias, sem ter que me preocupar com a competição. Estou hospedada em um lugar muito bonito e feliz por estar aqui”, conta Claire Bevilacqua, que salta da 13ª para a 11ª posição do ranking.

A peruana Sofia Mulanovich, 27 anos, que já tem um título mundial em seu currículo, também ficou com a terceira colocação ao ser derrotada por Stephanie Gilmore na semifinal. Com este resultado, ela salta da 4ª para a 3ª posição no ranking.

Claire Bevilacqua tem melhor resultado da carreira. Foto: © ASP / Kirstin.

Vinda de uma vitória no Peru na última etapa do Tour, a cearense Silvana Lima, 25 anos, ficou com a quinta colocação depois de cair nas quartas-de-final diante de Claire Bevilacqua, em duelo vencido por 12.00 a 9.10 pontos.

 

Depois de conseguir notas 3.50 e 5.60 em ondas com pouco espaço para manobras e cair em algumas outras, a brasileira ficou esperando por uma onda salvadora que não apareceu.

 

“As ondas estavam gordas e difíceis na minha bateria, mas não tenho nada do que reclamar. Eu vi altas ondas durante todo o dia, mas não tive a sorte de pegar uma boa. Esperei bastante, mas isto acontece”, lamenta Silvana Lima.

 

“Foi super chato ali na água, porque a primeira onda da Claire foi muito boa. Eu achava que ela não ia, mas ela acabou indo. Esperei mais de 12 minutos e nada de onda. No final eu comecei a brigar pela prioridade da bateria e caí numa onda por besteira, que talvez fosse a onda que iria fazer a diferença. Mais um quinto lugar. Nunca tive tanto quinto lugar. O negócio agora é levantar a cabeça e vamos para Porto Rico”, complementa a cearense.

 

Apesar da derrota, a brasileira saiu da água sob fortes aplausos da torcida portuguesa, que compareceu em peso nas areais do pico e estão sempre na torcida pelos brasileiros.

 

“A galera aqui se amarra muito nos brasileiros e está sempre nos dando aquela força. Me sinto como se eu estivesse em casa, todo mundo vem falar comigo. Eu fico super feliz, porque não importa se você perdeu ou ganhou, você sai da água e eles te aplaudem. É maravilhoso estar aqui”, agradece a brasileira à torcida portuguesa.

 

“Quero muito agradecer também a galera que acordou de madrugada no Brasil para acompanhar as baterias pela internet. Que pena que eu não fiz mais uma semifinal ou uma final. Mas vamos levantar a cabeça e agora torcer para os brasileiros no evento masculino”, finaliza Silvana Lima.

 

A outra brasileira na prova foi a paranaense Bruna Schmitz. Ela não entrou em sintonia com as ondas do pico e caiu na repescagem diante da havaiana Bethany Hamilton e da francesa Lee Ann Curren.

 

“Esta onda é muito difícil de surfar, muito difícil de pegar e exige muita remada. Na minha bateria as ondas estavam gordas. Não sei, eu não me adaptei nem um pouco”, lamenta Bruna Schmitz.

 

Uma nova chamada para o possível início do evento masculino acontece neste domingo às 4 horas da manhã (horário de Brasília) em Supertubos.

 

Confira ranking em nossas próximas atualizações.

 

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Silvana Lima (à direita) fica com a quinta posição. Foto: © ASP / Cestari.

Resultado do Rip Curl Pro Women’s 2010

 

1 Carissa Moore (Haw)
2 Stephanie Gilmore (Aus)
3 Claire Bevilacqua (Aus)
3 Sofia Mulanovich (Per)
5 Silvana Lima (Bra)
5 Chelsea Hedges (Aus)
5 Paige Hareb (Nzl)
5 Sally Fitzgibbons (Aus)
9 Nikita Robb (Afr)
9 Lee Ann Curren (Fra)
9 Rebecca Woods (Aus)
9 Nicola Atherton (Aus)
9 Rosanne Hodge (Afr)
9 Coco Ho (Haw)
9 Bethany Hamilton (Haw)

17 Bruna Schmitz (Bra)