O surfista profissional baiano, vice-campeão nordestino, Bernardo “Bino” Lopes, está de malas prontas para embarcar para o Hawaii.
Depois de uma vitoriosa e desgastante temporada em 2010 e de um merecido descanso na pousada da família, na praia do Forte, o atleta patrocinado pela Mahalo segue para aprimorar sua técnica nas ondas mais fortes e tubulares do planeta, durante 20 dias.
Esta é a terceira temporada havaiana de Bino Lopes, 23 anos. Ele pretende aproveitar ao máximo as ondas de Pipeline, uma das mais famosas e perigosas do arquipélago havaiano. “É uma onda muito forte, pesada e tubular, em um lugar que respira surf e reúne os melhores atletas do mundo neste período. É importante para qualquer surfista treinar no Hawaii no começo de temporada”, explica Bino Lopes.
De acordo com o atleta, o surfista que faz a pré-temporada no Hawaii naturalmente entra nas competições com um surf mais sólido, resistente e psicologicamente mais maduro, devido às diversas situações de superação que tem de passar. Nas ilhas, Bino será ciceroneado pelo conterrâneo Danilo Couto, um dos grandes nomes do surfe de ondas gigantes no mundo.
Depois da volta do Hawaii, Bino Lopes encara três desafios: no mês de fevereiro, participa da abertura do Nordestino Profissional no Ceará, logo em seguida encara as também grandes e pesadas ondas de Fernando de Noronha, onde competirá em dois eventos: a segunda etapa do Nordestino e uma das etapas brasileiras do World Qualifyng Series (WQS), divisão de acesso do circuito mundial, o Hang Loose Pro Noronha.
Na “Esmeralda do Atlântico”, Bino defende o título de campeão da etapa nordestina. Em 2010, ele venceu a competição com ondas de 3 metros e foi destaque no país inteiro pela conquista. “Surfo em Noronha desde os 15 anos de idade e conheço um pouco aquelas ondas. Um dos meus objetivos neste ano é defender este título e beliscar um bom resultado também no Hang Loose”, declara.
“Este ano vou com tudo para conquistar o título do Nordestino Pro também, que ficou engasgado na minha garganta depois que bati na trave em 2010. Vou dar o gás para ter uma boa colocação no Brasil Surf Pro e ficar no mínimo, entre os 16 melhores”, promete.
Além das metas nacionais, Bino vai competir em algumas etapas do WQS no exterior, a exemplo da Europa e da África do Sul, e pretende repetir a viagem para treinar no Tahiti, onde fez excelentes performances.