Hang Loose Pro Contest

Guigui investe nos canudos

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Wiggolly Dantas é o destaque do segundo dia na Cacimba do Padre. Foto: Daniel Smorigo / ASP South America.

As ondas continuam bombando na Cacimba do Padre e mais 11 baterias do primeiro round foram para a água nesta quarta-feira em Fernando de Noronha (PE). As ondas quebraram com até 2 metros nas maiores séries e a formação variou de acordo com a mudança da maré.


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Quem aproveitou da melhor maneira um ótimo momento do dia foi o paulista Wiggolly Dantas, que não deu mole e botou pra dentro dos tubos em sua bateria, um show a parte assistido de camarote pelos adversários.

 

Com um belo tubo de backside para a esquerda e outro de frontside para a direita, ele despachou sem dificuldades o catarinense Tomas Hermes (3º) e o norte-americano Eric Geiselman (4º), para avançar com o espanhol Gony Zubizarreta na segunda colocação, que somou apenas 6.30.

 

“Minha bateria foi muito boa e o mar começou a melhorar bastante. Fernando de Noronha é mágico, então fico muito feliz em ter a oportunidade de competir somente com quatro pessoas na água aqui na Cacimba. Consegui pegar duas ondinhas boas e estou muito feliz por ter passado a bateria”, comemora Wiggolly Dantas.

 

Outro brasileiro que fez bonito foi o carioca Jerônimo Vargas que também apresentou seu faro para os tubos na Cacimba e somou 16.60 pontos depois de esconder-ser do forte sol de back e frontside. O cearense Heitor Alves não deu mole e chegou perto com 14.60, para também avançar ao round seguinte. Pior para o catarinense Marco Polo e o pernambucano Ian Gouveia, que competia como convidado. Ambos estão fora da prova.

 

“Na real, eu acho que competir em um mar do jeito que está hoje é uma loteria, mas achei as ondas e segui mesmo o meu instinto”, diz Jerônimo Vargas. “Se eu falar que procurei um posicionamento exato no mar é mentira. Tem uma correnteza muito forte lá fora, então procurei ficar nas áreas mais limpas pra buscar os tubos e deu certo, show. Eu consegui começar bem e acho que dá para chegar longe neste campeonato, é só concentrar bateria por bateria”.

 

O norte-americano CJ Hobgood começou bem a desfesa pelo título da etapa e não apresentou nada de espetacular, porém fez o jogo certo para vencer a bateria. Enquanto seus adversários investiam nos tubos e morriam dentro, ele se isolou no canto esquerdo da praia e manrobrou forte no que apareceu.

 

Notas 6.10 e 4.33 foram suficientes para despachar o ex-campeão brasileiro Messias Félix e o experiente Fábio Gouveia. O basco Hodei Collazo também avançou, só que na segunda posição, com 8.16 pontos.

 

“Não consgui pegar a melhor onda da bateria quando ela veio e fiquei um pouco frustrado com isso. As condições para o surf estão bem parecidas com o ano passado e variam bastante de acordo com a maré, portanto é preciso ter sorte para sua bateria cair na hora certa do dia”, explica CJ Hobgood.

 

“Agora que temos somente 32 caras no Tour. É muito importante para todos participar dos eventos Prime. Acho que não terei que mudar muito meus planos em competições, mas quero estar nos melhores eventos do WQS neste ano. Estou amarradão por estar em Noronha novamente e farei o meu melhor para tentar outra vitória”, promete o norte-americano.

Se os tubos não apareceram em todas baterias, o paulista Gabriel Medina improvisou e provou mais uma vez que é especialista nos aéreos. Ele arriscou tudo nas decolagens e venceu sua bateria com 13.74 pontos. O catarinense Neco Padaratz surfou com a garra e de sempre e passou bem perto em segundo, com 13.17. O taitiano Alain Riou e o local convidado Caia Souza foram eliminados.

 

“A nova geração está vindo com força total, temos o exemplo do Alejo Muniz, Jadson André, Miguel Pupo e outros. Vamos fazer de tudo para modernizar o surf. As condições não estão muito boas, mas deu pra achar duas e estou amarradão por ter passado a bateria. Para acertar os aéreos depende muito do vento e hoje foi difícil”, explica Gabriel Medina.

 

Outro representante da nova geração que avançou foi o paulista Miguel Pupo, que em uma bateria fraca de ondas conseguiu encontrar as melhores e somar 7.50, para avançar ao lado do paranaense Jihad Khodr, que obteve 6.40. O neozelandês Billy Stairmand e o paulista David do Carmo estão fora.

 

“A correnteza está forte e as condições estão muito difíceis. Não dei sorte das melhores ondas quebrarem na minha bateria, mas passei, então está bom. É muito bom correr um evento Prime no Brasil. Isto me dá uma sensação de conforto, pois não há nada como competir em casa”, conta Miguel Pupo.

Uma nova chama acontece às 8 horas desta sexta-feira para a realização das quatro baterias pendentes do primeiro round.

 

Baterias restantes da primeira fase do Hang Loose Pro Contest 2011

 

21 Aritz Aranburu (Esp), Tonino Benson (Haw), Shaun Joubert (Afr) e Victor Ribas (Bra)
22 Tanner Gudauskas (EUA), Joan Duru (Fra), Jessé Mendes (Bra) e Renato Galvão (Bra)
23 Nathan Yeomans (EUA), Richard Christie (Nzl), Kiron Jabour (Haw) e Davey Cathels (Aus)
24 Jadson André (Bra), Lincoln Taylor (Aus), Hizunomê Bettero (Bra) e Junior Lagosta (Bra)

Segunda fase (baterias já formadas)

1 Alejo Muniz (Bra), Masatoshi Ohno (Jap), Mitchell Coleborn (Aus) e André Silva (Bra)
2 Tim Boal (Fra), Brandon Jackson (Afr), Junior Faria (Bra) e Dale Staples (Afr)
3 Kai Barger (Haw), Cory Lopez (EUA), Nat Young (EUA) e Thiago Camarão (Bra)
4 Fredrick Patacchia (Haw), Tim Reyes (EUA), Glenn Hall (Irl) e Jean da Silva (Bra)
5 Travis Logie (Afr), Wiggolly Dantas (Bra), Hodei Collazo (Esp) e Jihad Khodr (Bra)
6 C. J. Hobgood (EUA), Gony Zubizareta (Esp), Miguel Pupo (Bra) e Luel Felipe (Bra)
7 Damien Hobgood (EUA), Gabriel Medina (Bra), Marlon Lipke (Ale) e Dylan Graves (Pri)
8 Neco Padaratz (Bra), Leandro Bastos (Bra), Rudy Palmboom (Afr) e Caetano Vargas (Bra)
9 Chris Ward (EUA), Jerônimo Vargas (Bra), Ricardo dos Santos (Bra) e Robson Santos (Bra)
10 Heitor Alves (Bra), Dion Atkinson (Aus), Rodrigo Dornelles (Bra) e Marc Lacomare (Fra)