Válido como segunda etapa do World Tour 2011, o Rip Curl Pro Bells Beach recebe os melhores surfistas do mundo a partir desta terça-feira, na arquibanca natural de Bells Beach, Victoria, Austrália. Esta é uma edição especial do evento, que comemora 50 anos de história.
O norte-americano Kelly Slater, 39 anos, atual campeão mundial da ASP, é também o defensor do título da etapa. Ele faturou o evento que abriu a temporada de 2011 na Gold Coast e começou com tudo na corrida pelo 11º título mundial. Com quase duas décadas de experiência competitiva em Bells Beach, a lenda viva do surf fala um pouco sobre suas experiências.
“Eu tenho uma relação de amor e ódio com Bells e digo isto há anos. Já tive ótimas experiências lá, toquei o sino quatro
vezes. Estive lá nos últimos 19 anos. Algumas vezes fui bem e em outras foi a etapa mais frustrante do Tour para mim. Acho que o segredo é ir para lá bem preparado mentalmente”, aposta Kelly Slater.
Vencedor de quatro títulos do Rip Curl Pro Bells Beach (1994, 2006, 2008 e 2010), ele afirma que uma boa colocação no evento, historicamente o colocou em uma posição confortável para competir o restante da temporada. Em cada ano que Slater venceu o Rip Curl Pro Bells Beach, conquistou o título mundial da ASP.
“Um bom resultado em Bells normalmente me faz sentir à frente dos demais, pois não é um dos meus melhores eventos em termos de resutados. Quando consigo uma boa colocação lá, de certa forma sinto que estou um passo à frente dos outros caras. Os últimos cinco anos me proporcionaram uma boa dose de confiança, pois conquistei três vitórias em cinco eventos. Antes disso era muito difícil me dar bem por lá”, analisa o dez vezes campeão do ASP World Tour.
Mick Fanning (AUS), 29, bicampeão do WT (2007 e 2009) e vice do Rip Curl Pro Bells Beach no ano passado, abriu sua campanha com um 13º lugar na Gold Coast, mas está confiante em ganhar posições com uma boa colocação em Bells Beach.
“Foi mesmo uma decepção para mim, mas deixei isso para trás e estou ansioso para Bells. É realmente impressionante a Rip Curl comemorar 50 anos do evento nesta temporada. Seria ótimo pegar altas ondas por lá”, diz Mick Fanning.
“Comecei meu treinamento mais cedo nesta temporada e me sinto algumas semanas à frente em relação ao mesmo período no ano passado. Me sinto bem fisicamente e estou focado apenas no meu surf e equipamento agora. Espero que os resultados venham disso”, complementa o atleta da Gold Coast.
Taj Burrow (AUS), 32 anos, atual segundo colocado na corrida pelo título, sempre é um forte adversário a ser batido e provou nos últimos eventos que está em execelente forma para brigar de igual para igual com os melhores.
“Ano passado eu estava numa posição parecida e consegui o terceiro lugar em Bells, então estou confiante. Participei do campeonato no Oeste da Austália (ASP Prime Telstra Drug Aware Pro) para me divertir, porém Bells é minha prioridade. Quero muito mandar bem e vencer esse evento. Nunca me preocupei muito com resultados e colocações tão cedo na temporada, mas seria excelente conseguir outro bom resultado em Victoria”, afirma o surfista do Oeste australiano
O jovem paulista Gabriel Medina, 17, ganhou a vaga de wildcard para o Rip Curl Pro Bells Beach pelo segundo ano consecutivo, e compete contra os melhores ranqueados desde o início da competição
“Ganhei muita experiência desde o ano passado. Competir duas vezes contra o Mick Fanning no ano passado me ensinou a competir melhor neste ano”, revela Medina.
Em paralelo ao evento masculino, as 17 melhores surfistas da ASP competem no Rip Curl Women’s Pro.
