Todas baterias da repescagem do Rip Curl Pro foram realizadas nesta quinta-feira em ondas perfeitas, com cerca de 1,5 metros e séries maiores em Winkipop, Austrália.
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Vento terral e linhas intermináveis para a direita definiram um cenário digno de Dream Tour, para a batalha dos tops da elite mundial do surf.
As previsões indicam condições ainda melhores para os próximos dias.
Depois de contundir o ombro na primeira fase do evento, o potiguar Jadson André recuperou sua posição na prova e garantiu passaporte ao terceiro round, ao despachar o australiano Daniel Ross.
O placar final foi um raro empate de 12.84 pontos, mas o brasileiro levou a melhor no critério de desempate, já que foi o autor da melhor
onda 7.67.
Para isso, Jadson investiu nas melhores séries, com bonitas cavadas com a mão na água seguidas de ataques precisos ao lip e até um bom tubo com muito estilo, que mostram que o potiguar tem feito bem a lição de casa e evolui cada vez mais seu backside neste segundo ano de Tour.
“Nos últimos três anos venho treinando muito meu backside, um dos principais pontos que tenho que melhorar. Ainda tenho muito coisa para evoluir, mas venho treinando. Sempre assisto o Occy e o Matt Wilkinson, que são dois atletas que têm o backside muito bom e tento seguir o exemplo das cavadas com mão na borda”, revela Jadson André.
“A bateria foi bem disputada. Sempre é difícil competir com atletas mais experientes como o Daniel Ross. Eu ainda não estava com o ombro 100%. Não tinha certeza se ia surfar bem, por isso sai pegando um monte de onda no início da bateria, para sentir como estava”, explica o brasileiro.
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O paulista Gabriel Medina e o carioca Raoni Monteiro não tiveram a mesma sorte e registraram as primeiras baixas brazucas na prova.
Em um duelo de goofy footers, Medina caiu diante do australiano Owen Wright, ao perder por 16.70 a 7.90. O jovem brasileiro brasileiro de 17 anos competiu como convidado do evento e apesar de acertar algumas pancadas de backside, não entrou em sintonia total com as ondas do pico e acabou ficando em combinação, precisando trocar duas notas para reverter o resultado.
“Eu sei que o Gabriel é perigoso no outside, portanto me concentrei em pegar logo duas notas boas e trabalhar para aumentar a diferença. Fiquei um pouco nervoso no primeiro round e não fiz o melhor que podia, portanto precisava de uma boa bateria. Não sou mais um
estreante e quero chegar no topo. É um desafio, mas estou pronto para acelerar”, revela Owen Wright.
Raoni Monteiro quebrou a prancha logo no começo da bateria, e enfrentou uma jornada de correntezas no inside para conseguir trocá-la, além de sentir o joelho contundido durante os treinos.
Depois disso, investiu pesado em uma bomba da série e espancou o lip diversas vezes de frontside, o que lhe rendeu a melhor nota da bateria, 6.77, mas mesmo assim acabou eliminado pela estreita diferença de 12.17 a 11.44.
O vice-campeão mundial Jordy Smith teve a melhor atuação da rodada. Ele despachou o local Adam Robertson, grande conhecedor do pico, que competia como convidado por vencer a triagem.
A missão não foi nada fácil para o sul-africano, que levou a melhor em um dos duelos mais emocionantes do dia e venceu pelo apertado placar de 17.43 a 16.26, depois de um duelo de tubos e fortes manobras em Winkipop, disputado onda a onda.
“Foi uma bateria muito difícil. Robertson começou muito bem e não sei o que estava acontecendo comigo. Comecei em um ritmo ruim e fiquei preocupado, pois as ondas estavam bombando e eu não conseguia nada acima de 4.00. Depois disso, finalmente consegui uma nota boa. Eu sabia que seria uma bateria dura e eu tinha que estar nas melhores ondas”, diz Jordy Smith aliviado.
O australiano Josh Kerr também fez uma bela atuação. Com 17.24 pontos somados e dois tubos na mesma onda, ele eliminou seu colega e compatriota Adrian Buchan, para dar o troco da derrota sofrida em casa na primeira etapa do circuito.
“Isto foi muito divertido e eu estava muito empolgado. Eu comemorei os dois tubos que peguei, normalmente não faço isso, desculpe-me, mas ele me venceu em casa e eu tinha que dar o troco com boas pontuações”, brinca Josh Kerr.
Uma nova chamada para possível reinício da competição acontece na manhã desta sexta-feira e no 11º duelo do dia o potiguar Jadson André enfrenta o catarinense Alejo Muniz.
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Terceiro round do Rip Curl Pro 2011
1 Owen Wright (Aus) x Gabe Kling (EUA)
2 Adriano de Souza (Bra) x Adam Melling (Aus)
3 Jeremy Flores (Fra) x Joel Parkinson (Aus)
4 Bede Durbidge (Aus) x Heitor Alves (Bra)
5 CJ Hobgood (EUA) x Matt Wilkinson (Aus)
6 Kelly Slater (EUA) x Stu Kennedy (Aus)
7 Jordy Smith (Afr) x Bobby Martinez (EUA)
8 Chris Davidson (Aus) x Kieren Perrow (Aus)
9 Damien Hobgood (EUA) x Tiago Pires (Por)
10 Michel Bourez (Tah) x Patrick Gudauskas (EUA)
11 Jadson André (Bra) x Alejo Muniz (Bra)
12 Mick Fanning (Aus) x Josh Kerr (Aus)
Repescagem
1 Jordy Smith (Afr) 17.43 x Adam Robertson (Aus) 16.26
2 Owen Wright (Aus) 16.70 x Gabriel Medina (Bra) 7.90
3 Bobby Martinez (EUA) 16.16 x Taj Burrow (Aus) 15.93
4 Josh Kerr (Aus) 17.24 x Adrian Buchan (Aus) 16.04
5 Damien Hobgood (EUA) 12.17 x Raoni Monteiro (Bra) 11.44
6 Bede Durbidge (Aus) 12.10 x Cory Lopez (EUA) 11.84
7 Gabe Kling (EUA) 11.67 x Brett Simpson (EUA) 5.00
8 Jadson André (Bra) 12.84 x Daniel Ross (Aus) 12.84
9 Chris Davidson (Aus) 16.10 x Julian Wilson (Aus) 13.83
10 C.J. Hobgood (EUA) 8.17 x Kai Otton (Aus) 8.10
11 Kieren Perrow (Aus) 15.10 x Dusty Payne (Haw) 13.97
12 Taylor Knox (EUA) 11.77 x Tiago Pires (Por) 8.06