Brasil Surf Pro

Rio corre perigo

0

Marcelo Andrade trabalha forte nos bastidores para realização das cinco etapas do Brasil Surf Pro em 2011. Foto: Fábio Minduim.

A primeira etapa do Brasil Surf Pro 2011, válida pelo Circuito Brasileiro Profissional, começou na última quarta-feira na praia do Cupe, Ipojuca (PE).

 

O circuito nacional é um dos mais ricos do mundo e distribui R$ 1 milhão de premiação, divididos em outras quatro etapas: Búzios (RJ), Ubatuba (SP), Joaquina (SC) e Rio de Janeiro (RJ).

 

Mas, segundo Marcelo Andrade, diretor-executivo da Abrasp, a última etapa na capital carioca no mês dezembro ainda não está confirmada. Ela decidiu os campeões de 2010 na Barra da Tijuca e pode ficar de fora do BSP nesta temporada.

 

“Estamos resolvendo os detalhes com os atletas a questão da quinta etapa. Temos uma reunião de conselho amanhã (quinta-feira). Os patrocinadores pediram para diminuir a premiação, até porque não fecharam todas as cotas. Mas o intuito é continuar com as cinco etapas de 2011 com R$ 200 mil cada”, revela Andrade.

 

Marcelo Andrade ressalta que o Circuito Brasil Surf Pro não é o único que sofre com isso e as empresas passaram a investir menos no surf nacional em 2011.

 

“A maioria dos eventos no Brasil está sendo feita pelo governo. O próprio World Tour no Rio, se a prefeitura não tivesse apoiado intensamente, ele não seria realizado. As empresas privadas estão um pouco receosas com o que vai acontecer no Brasil. São as empresas públicas que estão salvando”, completa Andrade.

 

“O Brasil Surf Pro começou em junho, mas na verdade queríamos começar em abril. Houve uma mudança no país com a entrada da Dilma (Rouseff). O mercado sofreu com juros, inflações e as empresas estão mais retraídas”, continua o dirigente.

 

A disputa no Cupe é a única do BSP 2011 no Nordeste e conta com a participação de 80 surfistas nas categorias Masculino e Feminino. O evento distribui R$ 160 mil de premiação entre os homens e R$ 40 mil entre as mulheres. Marcelo Andrade faz questão de ressaltar a importância da etapa na região.

 

“Porto de Galinhas é um lugar tradicional de campeonatos há muito tempo. Já sediou WQS, Brasileiro Amador. O Profissional completa vários anos aqui. É um lugar tranquilo, com água quente. Os atletas gostam e sempre tem uma ondinha”, diz.

 

“Além disso, mais de 45% dos atletas do Brasil Surf Pro são desta região. Fazemos pelo menos uma etapa para agraciar esses atletas, que recebem familiares, apoio local e tudo mais. Serve para equilibrar um pouco e tornar o campeonato mais democrático e justo”, finaliza Andrade.

 

Clique aqui para ver o evento ao vivo.

 

Leia mais

 

Halley cresce em casa

 

Tita comanda estreia