Campeão em 2008 da etapa do World Tour de Teahupoo, Tahiti, o surfista Bruno Santos é o único representante brasileiro no Rip Curl Padang Cup 2011.
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A janela de espera para realização do evento, exclusivo para tube riders, já está aberta e segue até o dia 14 de agosto em Padang Padang, Bali, Indonésia.
Na competição, 16 surfistas internacionais são convidados e Bruninho compete ao lado de nomes de ponta como o havaiano Jamie O’Brien, que fez história ao vencer o evento em 2009, garantindo quatro notas 10, o australiano Dean Morrison, o norte-americano Chris Ward.
Eles se juntam a 16 talentos locais, com destaque para “Bol” Adi Putra (bicampeão do torneio em 2004 e 2005) e Rizal Tadjung no evento patrocinado pela Rip Curl e considerado o principal campeonato da Indonésia.
A disputa é realizada em um único dia, quando o mar apresenta perfeitas condições. A abertura oficial já foi realizada e agora os atletas só aguardam o momento certo. Bruninho está escalado para competir na bateria número seis, contra o inglês Tom Lowe e os indonésios Wayan “Betet” Mert e Tipi Jabrik.
Expert nas ondas da Indonésia há mais de uma década, ele visita constantemente o arquipélago e só este ano é a terceira vez que dropa as potentes ondas de Bali. Em função disso, aparece como um dos fortes candidatos ao título e se diz confiante para a disputa. Confira na entrevista abaixo.
Você é um renomado tube rider e esse é um campeonato de sonho. Como é participar de uma disputa dessas?
Eu sou apaixonado por tubos. Foi até por isso que eu abandonei um pouco as competições, porque muitas vezes eu tinha de estar competindo em lugares de ondas pequenas e, ao mesmo tempo, estavam quebrando ondas perfeitas no Tahiti, na Indonésia, México, e isso já estava me incomodando.
Campeonatos como esse são incríveis. Eu ainda curto uma competição, principalmente em ondas de qualidade como Padang Padang. É uma onda rara, que quebra perfeita poucas vezes na temporada e ter um desses dias para dividir com apenas 32 surfistas o dia inteiro é incrível. Uma oportunidade única de competir e se divertir em condições épicas. E também eventos como esse são os que eu me sinto mais à vontade para buscar um bom resultado.
Você conhece bem aquelas ondas. Como é surfar lá?
Eu vou para Indonésia desde 1998, sendo que nos últimos anos tenho visitado o arquipélago mais de uma vez por ano. Essa temporada mesmo já está sendo a minha terceira viagem para a Indonésia.
Já surfei Padang algumas vezes, na verdade poucas pela quantidade de vezes que fui a Bali. Padang é uma onda que funciona poucas vezes e é conhecida como a Pipeline de Bali. Então, sempre que está perfeito, o crowd é muito grande. Mas já peguei muitas ondas boas por lá, principalmente durante as baterias que eu competi no WT e no último Rip Curl Padang Cup.
Qual a expectativa para essa disputa? O que esperar do único representante brasileiro?
Mais uma vez sou o único brasileiro na competição e estou bem confiante. Campeonatos como esse eu sempre entro para vencer. Nos últimos anos o que eu mais tenho feito é viajar para surfar tubos ao redor do mundo. Então, estou bem à vontade para competir com qualquer um, mesmo sendo os melhores do mundo.
Conhece os rivais?
Conheço todos, inclusive os locais, pois tenho ficado bastante tempo na Indonésia nos últimos anos. E os convidados internacionais são todos bem conhecidos e especialistas em tubos. Praticamente a mesma galera que disputou comigo as últimas triagens no Tahiti e em Pipeline. Só vai ter fera na água.
A vitória no WCT de Teahupoo em 2008 ainda rende frutos para você?
Foi um feito incrível e, com certeza, rendeu bons frutos e ainda rende apesar de já ter passado um bom tempo. Esse ano mesmo, a triagem para o evento do Tahiti, que antes era disputada por 96 surfistas, agora fechou para apenas 32, com apenas oito convidados internacionais, sendo um desses nomes o meu, prova do prestígio que aquela vitória trouxe para mim.
O que mudou na sua vida depois dessa vitória?
Em termos de campeonato não mudou muita coisa, até porque pouco depois da vitória eu já comecei a me dedicar mais ao free surf. Eu conquistei bons resultados logo depois da vitória no Tahiti. Fui campeão do Hang Loose Pro Contest em Noronha, campeão da seletiva Petrobras em Saquarema, vice do SuperSurf em Maresias e no mundo inteiro, onde tem surf, as pessoas ainda me reconhecem e lembram da vitória no Tahiti. Isso é bem bacana.
Como está a sua parceria com a Rip Curl?
Minha parceria com a Rip Curl é ótima. Estamos juntos desde a época de amador até hoje. Um relacionamento muito bom e que ainda vai durar bastante. Agora, nesse novo segmento de free surfer ainda tem muitas ondas a serem exploradas e muitos tubos a serem surfados no melhor estilo The Search, que é a ideologia da marca.
Um exemplo claro desse feeling da Rip Curl foi a expedição para Bono, no começo do ano. Surfamos ondas incríveis no meio de um rio desconhecido na Ilha de Sumatra. Foi sensacional e a busca por ondas novas não para.
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