O cearense Heitor Alves, o potiguar Jadson André e o catarinense Alejo Muniz estão nas quartas-de-final do Quiksilver Pro New York, etapa do World Tour que rola em Long Beach (EUA).
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Nesta quinta-feira, em ondas de 1 metro e séries maiores, com formação melhor durante a manhã, o trio fez bonito no outside e levou o Brasil às finais da etapa nova-iorquina.
Já Raoni Monteiro foi eliminado na terceira fase e Adriano de Souza perdeu para Jadson André na quinta fase, terminando a prova em nono lugar.
O dia começou com ondas lisas de 1 metro e séries maiores. No decorrer das disputas, o vento estragou a formação, mas não impediu o show dos tops da elite mundial.
Na primeira bateria do dia, válida pela terceira fase, o carioca Raoni Monteiro deu uma dura no australiano Josh Kerr e liderou o confronto durante boa parte do tempo com 6.50 e 4.33.
Depois de reagir com 5.83, Josh apostou em outra direita quando a prioridade pertencia a Raoni e acertou um alley oop avaliado em 7.50 pelos juízes.
Ainda pela terceira fase, Alejo Muniz não teve trabalho algum para derrotar o experiente australiano Kieren Perrow por 14.37 a 8.33 pontos.
O grande destaque foi Heitor Alves. Com uma exibição impecável, ele despachou o aussie Adrian Buchan. Heitor descolou 7.00 numa esquerda e 9.43 em um aéreo sensacional de backside, girando toda a prancha no ar.
A fase seguinte começou pegando fogo. Adriano de Souza imprimiu um forte ritmo desde o início da bateria e alcançou a liderança com 6.67 e 6.27, ficando situação ainda melhor ao descolar 8.10.
Enquanto isso, Jeremy Flores e Taj Burrow brigavam para escapar da repescagem. Taj tinha 6.23 na melhor onda e buscava 8.54 para virar.
Como o aussie vinha voando muito na prova, Adriano optou por vigiar as direitas. Taj insistiu nas esquerdas e conseguiu a virada quando faltavam pouco menos de cinco minutos para o término.
Com a nota 8.70, o aussie deixou o brasileiro a 6.84 da vitória. “Mineirinho” tentou de backside (6.37) e por pouco não completou um aéreo de frontside que deveria lhe dar a vitória.
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Cinco quilhas No duelo seguinte, Jadson André até surfou bem, mas amargou o terceiro lugar numa batalha emocionante que reuniu o dez vezes campeão mundial Kelly Slater e o australiano Josh Kerr.
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Enquanto os adversários fracassavam nos aéreos, Kelly arrancou 6.50 dos juízes numa esquerda e levantou a plateia com um alley oop muito alto que rendeu 9.37. O norte-americano usou a mesma quadriquilha das baterias anteriores, dessa vez com uma quilha estabilizadora.
Autor da maior pontuação da prova até aquele momento (18.57), Josh finalmente acordou e mostrou que não está para brincadeira em New York.
A reação veio com uma rasgada de backside e um varial sensacional na junção. Premiado em 9.57, ele não demorou muito para pegar uma direita e acertar um alley oop espetacular, virando a bateria com 9.70.
Jadson até completou um bom aéreo rodando e somou 7.50 na melhor onda, mas não conseguiu sair da situação de “combination”.
Na última onda da bateria, Kelly foi punido com interferência ao surfar uma onda junto com Josh Kerr, mas, mesmo assim, terminou em segundo lugar na bateria por 0.19 de diferença sobre Jadson.
Fuga da repescagem Os brazucas voltaram ao outside com Alejo Muniz e Heitor Alves. O vento prejudicou ainda mais as condições do mar e dificultou as ações dos atletas no duelo que contou também com o havaiano Fred Patacchia.
Melhor para Alejo. Consistente, ele atacou bem uma esquerda da série e abriu vantagem com 6.17. Na sequência, ampliou o placar com uma direita avaliada em 5.93.
Fred e Heitor lutaram bastante nas esquerdas, mas não conseguiram reagir e foram parar na repescagem. Já Alejo avançou direto às quartas-de-final.
“Não consegui achar as ondas que os caras da bateria anterior acharam. Kelly, Josh e Jadson mandaram altos aéreos, foi praticamente um air show. Não achei essas ondas, mas consegui passar para as quartas e estou feliz por não precisar surfar de novo ainda hoje, até mesmo porque estou bem cansado”, diz Alejo.
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Clássicos brazucas A repescagem teve uma batalha 100% brasileira. Companheiros de equipe na Oakley, Adriano de Souza e Jadson André travaram um duelo tenso, acirrado.
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Precisando de um resultado expressivo para brigar pela liderança do ranking mundial, Adriano descolou a melhor nota (7.43), mas não conseguiu trocar um 5.50 e viu Jadson vencer a bateria com 6.93 e 6.67.
“É meio triste você cair na bateria com seus amigos, mas você não pode ficar pensando nisso neste campeonato”, explica Jadson.
O potiguar falou ainda sobre o cheque de US$ 400 mil que será destinado ao campeão do Quiksilver Pro New York.”Não estou pensando na premiação. Apenas quero passar as baterias e conseguiur um grande resultado aqui”, fala o potiguar.
Quem também fez a festa na tarde desta quinta foi Heitor Alves. O cearense derrubou o australiano Joel Parkinson, forte candidato ao título mundial, e deu mais um importante passo rumo ao pódio em New York, onde faz sua melhor participação no World Tour 2011.
Joel saiu na frente com 7.67, contra 5.67 de Heitor. O brasileiro caiu em algumas ondas, mas reagiu forte nos minutos finais e roubou a cena com uma forte rasgada e uma batida chutando a rabeta na junção.
Heitor recebeu 7.90 dos juízes e deixou Joel a 5.91 da vitória. O aussie tentou dar o troco na última onda e até chegou perto, mas, como não fez nenhuma manobra expressiva, obteve 5.03.
“Não estou nem acreditando! Ganhei do Fanning na primeira fase, agora venci Joel. Nem esperava por essa vitória agora. Venho buscando um grande resultado e espero encontrar aqui. Essa vitória contra Joel veio com muita força, muita vontade de vencer este campeonato”, vibra Heitor.
Com a classificação, Heitor vai enfrentar Alejo Muniz em outro confronto brasileiro no Quiksilver Pro New York.
Quartas-de-final do Quiksilver Pro New York 2011
1 Taj Burrow (Aus) x Jadson André (Bra)
2 Josh Kerr (Aus) x Kelly Slater (EUA)
3 Alejo Muniz (Bra) x Heitor Alves (Bra)
4 Owen Wright (Aus) x Julian Wilson (Aus)