Campeão mundial Pro Junior em 2000 e ex-top da elite mundial, o surfista carioca Pedro Henrique, 29, participa do Volkswagen Kite Tour 2011 em Barra do Cunhaú (RN).
Neste sábado, o atleta de Saquarema provou que também é fera na modalidade e competiu na primeira fase da categoria Kitewave. O evento é válido pela segunda etapa do Circuito Brasileiro de Kitesurf.
“Sempre tive vontade de aprender. Era um esporte que eu olhava e ficava curioso com os aéreos e manobras em condições totalmente diferentes do surf”, conta o surfista.
Pedro, que também faz parte da elite do surf nacional, diz que o começo na modalidade foi há pouco mais de um ano, durante a etapa do Brasil Surf Pro na praia do Cupe, Porto de Galinhas (PE).
“Foi na Escola do Rato. O pessoal me convidou para aprender e decidi ir. Disputava a bateria do surf de manhã e corria para o kite à tarde. Fiz os três dias de curso e peguei bem rápido. Não foi muito mistério para mim que já surfava”, revela.
Do início para as competições foi um pulo e neste ano o atleta já participou da abertura do Brasileiro no Ceará. Agora, Pedrinho participa da segunda etapa do circuito na paradisíaca Barra do Cunhaú, pico perfeito para o kite e vizinho de lugares famosos do surf como Baía Formosa e praia da Pipa.
“Comecei a treinar cada vez mais e conhecia uma galera do kite como o Guilly (Brandão) e o Boca (Pedro Bueno). Eles me pilharam e disseram que em competições eu aprenderia bem mais rápido. E realmente foi assim. Corri a primeira etapa e vi como funcionava uma bateria, que só dura oito minutos”, diz.
“Não tinha nem equipamento suficiente para competir. No kite existe tamanho de quilhas, pranchas diferentes para cada tipo de condição. Eu só tinha um kite e uma prancha. E de surf ainda por cima, com peso totalmente diferente. Mas foi ótimo, aprendi muito. Gostei mesmo do lance”.
Neste sábado, durante a quarta bateria da primeira fase na categoria Kitewave, Pedro encontrou um adversário inspirado. O paraibano Hugo Amorim dominou a disputa e venceu com notas 6.50 e 5.25. Pedrinho tentou a reação com bons ataques de backside, mas ficou com notas 4.00 e 3.25 no somatório e precisndo de 7.75 para virar o placar.
“Tem muita gente boa neste esporte. Mas é aquilo, o negócio é treinar. Estou competindo este ano mais para aprender. Não tenho pretensão de ser campeão. Quero competir bastante para quem sabe no ano que vem disputar um título ou correr o circuito mundial. A vontade é essa”, afirma Pedro, que não abandonou o esporte de origem.
“Muita gente pensa que estou abandonando o surf e não é verdade. Meu interesse é ficar nos dois esportes. Pretendo continuar no circuito mundial para tentar uma vaga no WT da ASP. Só que agora eu tenho outro esporte e quero continuar nos dois, acho até que eles se complementam”, finaliza o atleta de Saquarema.
