SuperSurf Internacional

Halley comanda estreia

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Halley Batista anota maior somatório do primeiro dia. Foto: Daniel Smorigo / ASP South America.

Luke Davis é uma das atrações internacionais em Itamambuca. Foto: Daniel Smorigo / ASP South America.

O SuperSurf Internacional foi iniciado debaixo de chuva, mas logo o sol apareceu nesta terça-feira de ondas de até 1 metro na praia de Itamambuca, Ubatuba (SP).

 

Dos 144 participantes de 18 países, 96 estrearam nas 24 baterias da primeira fase programadas para o primeiro dia.

Os primeiros recordes foram estabelecidos pelo pernambucano Halley Batista, com a nota 8.60 e os 16.27 pontos que somou no oitavo confronto do dia.

 

Já as principais atrações só entram nesta quarta-feira, como cabeças-de-chave da segunda rodada, quando começa a ser distribuída a premiação de US$ 145 mil oferecida na etapa do ASP World de nível 6 estrelas no litoral Norte de São Paulo.

“Poxa, não sabia que tinha feito os recordes do campeonato”, surpreende-se Halley Batista depois de derrotar até o vice-campeão desta etapa do SuperSurf em Itamambuca no ano passado, o potiguar Danilo Costa.

“Eu acabei chegando um pouco atrasado para a bateria, vim correndo, cheguei com o coração a mil, mas consegui achar duas ondas boas para vencer”.

O pernambucano conta como foi a melhor onda surfada na manhã da terça-feira em Itamambuca. “Eu comecei com uma batida reta, depois puxei uma rasgada pra dentro, a onda levantou no inside, fui pra junção, mandei um aéreo rodando e completei a manobra. Estou feliz porque quero buscar bons resultados para ter qualificação para correr os eventos mais importantes, como os Prime, no ano que vem”, diz Halley.

Já a bateria que abriu o campeonato, as 8:30 horas, foi vencida pelo ubatubense Filipe Toledo. O campeão sul-americano Sub-20 deste ano estava na Indonésia participando da etapa de abertura do Circuito Mundial Pro Junior da ASP, mas perdeu na terceira fase e antecipou a sua volta para o Brasil, com o objetivo de competir no SuperSurf Internacional na sua cidade.

“Nada melhor do que começar vencendo. Cheguei da Indonésia há dois dias, tentei pegar o vôo mais rápido pra chegar aqui um pouco antes para me acostumar com as ondas, com o fuso horário e estou feliz que deu tudo certo”, fala Filipe Toledo.

 

“Eu consegui fazer duas ondas boas na bateria, apesar de o mar estar bem difícil, com chuva forte. Quero tentar manter esta performance nas próximas para ir o mais longe possível neste evento”, completa.

Irmãos Toledo O filho mais jovem do bicampeão brasileiro Ricardo Toledo ganhou o primeiro confronto do SuperSurf Internacional, com o pernambucano Alan Donato passando em segundo lugar e o alagoano Tânio Barreto sendo eliminado junto com o paulista Heitor Pereira. Agora, Filipe vai enfrentar o seu irmão, Matheus Toledo, que é um dos pré-classificados da primeira bateria da segunda fase.

Contra os dois, também estreia o cabeça-de-chave número 1 do SuperSurf Internacional, o catarinense Willian Cardoso, com o potiguar Alan Jhones completando a primeira disputa por duas vagas para a fase dos 48 melhores. Este será o primeiro confronto programado para a quarta-feira, às 7:45 horas na praia de Itamambuca.

Dobradinhas estrangeiras Apesar de os brasileiros terem vencido a maioria das baterias, alguns estrangeiros também estrearam com vitórias na terça-feira. O argentino Santiago Muniz entrou no mar no mesmo momento em que o seu irmão, Alejo, estava competindo pelo ASP World Tour na França e ambos ganharam. E no quinto confronto do dia, o norte-americano Luke Davis e o peruano Cristobal de Col despacharam dois brasileiros, Guilherme Ramalho e Artur Aguiar.

“Foi complicada a bateria porque eu não conheço muito o mar aqui, as ondas estão bem difíceis, mas estou feliz pela classificação e principalmente pela vitória”, diz Luke Davis. “É a primeira vez que venho ao Brasil e achei essa praia muito bonita, bem selvagem, com bastante verde e parece que dá boas ondas também, só que hoje (terça-feira) está meio difícil”.

Outra dobradinha estrangeira na primeira fase do SuperSurf Internacional veio na 12ª bateria, com o havaiano Gavin Gillette e o venezuelano Francisco Bellorin, sobre o brasileiro Cleyton Felix e o norte-americano Johnny Noris. O havaiano está hospedado na casa de Wiggolly Dantas e disse que Itamambuca é um dos melhores lugares que ele já conheceu no Brasil.

“A maré está mais cheia e fica difícil encontrar as ondas certas”, fala Gavin Gillette. “Algumas parecem boas, outras parecem ruins e melhoram no inside, então resolvi ficar calmo, sem me preocupar com a escolha de ondas e simplesmente surfar. É a terceira vez que venho ao Brasil, a segunda aqui nesta praia e certamente esta cidade é a que eu gosto mais aqui no Brasil”.

O evento é transmitido ao vivo pelo site SuperSurf.