Destaque da última quarta-feira, o paulista Filipe Toledo, 16, manteve o ritmo e quebrou a vala nesta quinta-feira, terceiro dia de disputas do SuperSurf Internacional em Itamambuca, Ubatuba (SP).
Em uma onda onde abusou dos aéreos, o mais jovem entre os 144 competidores arrancou 9.50 pontos e fez o maior somatório do evento até agora (17.83). O gaúcho Rodrigo Dornelles ganhou a briga pela segunda vaga contra o francês Romain Cloitre e o pernambucano Alan Donato.
“A direitinha está irada. Aqui é o quintal de casa, estou bem confiante e surfando à vontade, com uma prancha muito boa”, comenta Filipinho. Neste terceiro dia, foram definidos os dezesseis classificados para a fase dos 24 melhores. Apenas quatro são estrangeiros. Como a previsão indica condições ruins para o domingo, a direção de prova anunciou oficialmente que a final do evento rola no sábado.
Na disputa seguinte, Willian Cardoso, cabeça de chave número 1 do SuperSurf Internacional, acabou eliminado pelo australiano Mitch Crews e pelo paulista Magno Pacheco.
“Foi muito difícil essa bateria contra os brasileiros. Eles conhecem bem melhor o mar daqui do que eu. As ondas variam bastante, mas consegui achar duas boas e estou feliz pela classificação”, fala Crews.
G-32 Apesar da saída de Willian Cardoso, quatro brasileiros próximos da zona de classificação no ranking dos 32 surfistas que formarão a elite do ASP World Tour em 2012 triunfaram nesta quinta-feira. Jessé Mendes (40.o lugar) e Hizunomê Bettero (53.o) estrearam com vitórias nas baterias restantes da segunda fase. Os também paulistas Thiago Camarão (44.o) e Junior Faria (50.o) avançaram à quarta rodada da competição.
“Para mim está muito difícil a classificação. Tenho que fazer no mínimo uma final aqui. Então estou surfando tranquilo”, comenta Junior Faria.
Brasil X EUA Norte-americanos, Kolohe Andino e Tanner Gudauskas estão na briga direta por vagas no G-32 do ASP World Ranking e passaram em segundo lugar em suas respectivas baterias. Tanner, 43.o colocado, se classificou atrás de Hizunomê Bettero. Kolohe, o 42.o, foi superado pelo aéreo sensacional do catarinense Tomas Hermes, que valeu a segunda maior nota do SuperSurf Internacional (9.33).
O também americano Evan Geiselman foi barrado nesta bateria junto com o ubatubense Alex Cunha. “Foi uma bateria contra a nova geração americana. Os moleques estão vindo com força total, inovando e foi o que fiz também”, afirma Hermes.
Estrangeiros Além de Kolohe Andino e do australiano Mitch Crews, os dois únicos estrangeiros que avançaram à fase dos 24 melhores foram o venezuelano Rafael Pereira e Adrien Toyon, francês da Ilha Reunião. O surfista da Venezuela derrotou três brasileiros no último confronto do dia. Toyon passou em segundo lugar na sua bateria, atrás do carioca Leonardo Neves.
“Foi uma bateria difícil, contra três brasileiros muito bons. O Leonardo surfou muito bem e venceu, mas consegui achar umas ondas para me classificar”, diz Adrien Toyon.
Anfitrião A quinta-feira começou com uma dobradinha estrangeira do espanhol Aritz Aranburu e do australiano Nicholas Squires sobre o paulista Renato Galvão e o paraibano Samuel Igo.
Galvão foi a primeira baixa entre os locais de Itamambuca, mas Hizunomê Bettero, Wiggolly Dantas e Marco Aurélio, defensor do título da etapa, passaram pelas baterias de estreia na segunda fase do SuperSurf Internacional.
“Surfei hoje bem cedo. O mar está um pouco difícil, portanto é bom conhecer melhor o pico para você encontrar o posicionamento certo”, afirma Dantas, que é o maior anfitrião do SuperSurf Internacional e hospeda vários surfistas de outros países na sua casa.
“Tem mais de quinze pessoas lá, o Gavin Gillette, o Kolohe Andino, o Evan Geiselman, o Luke Davis, tem um monte de gente. Isso é legal porque está todo mundo animado”, conta Guigui.
O evento é transmitido ao vivo pelo site SuperSurf.