Depois de dois dias de chuva e mar ruim, a quinta-feira amanheceu ensolarada e com boas ondas para o início do Arnette apresenta Quiksilver Brasil Open de Surf 2011 no Arpoador, Rio de Janeiro (RJ).
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Dos 144 participantes de 19 países, 96 competiram no primeiro dia e só metade avançou para enfrentar os 48 cabeças de chave na segunda rodada do evento, que rola até este domingo na capital carioca.
Na primeira bateria do campeonato, os cearenses Artur Silva e Michel Roque caíram no mar e eliminaram o catarinense Diego Rosa e o experiente cabofriense Victor Ribas.
“Ontem as condições não estavam legais, mas hoje amanhecerem excelentes. Encontrei duas boas e venci a bateria”, comenta Artur Silva, que avançou na primeira posição.
Vitórias Estrangeiras Os brasileiros mandaram bem e dominaram as disputas nas ondas do Arpoador, mas alguns surfistas de outros países também quebraram no primeiro dia.
A primeira vitória estrangeira foi do uruguaio Marco Giorgi na terceira bateria. Dois brasileiros brigaram pela segunda vaga e o catarinense Cauê Wood levou a melhor sobre o paranaense Caetano Vargas. O peruano Joaquin Del Castillo terminou em último.
“A gente chorou pelo adiamento do campeonato e deu certo. Ainda bem que a galera acreditou na previsão. Apesar da direção do swell não ser perfeita para o pico, o mar está bom e valeu a pena esperar”, comenta Giorgi.
Dobradinha americana A disputa seguinte terminou com uma dobradinha norte-americana sobre o venezuelano Rafael Pereira e o brasileiro Rodrigo Farias.
Vice-campeão no SuperSurf Internacional encerrado no último sábado em Ubatuba (SP), Tanner Gudauskas acabou perdendo a bateria para o jovem Ian Crane, 18, mas passou em segundo lugar e agora encara os cabeças de chave.
“A bateria foi bem divertida. O mar está bem melhor e deu para aproveitar bem as ondas que peguei. Vencer um cara como o Tanner é fantástico. É minha primeira vez no Brasil e gostei bastante de tudo. Conheci Ubatuba e agora quero curtir a beleza do Rio de Janeiro”, conta Crane.
Pro Junior O público que acompanhar as baterias do Quiksilver Brasil Open poderá ver vários expoentes da nova geração que vieram direto da Indonésia para disputar o Arnette World Junior, segunda etapa do Circuito Mundial Pro Junior da ASP, que acontece a partir desta segunda-feira também no Arpoador. Por sinal, muitos aproveitaram para participar da etapa como o pernambucano Ian Gouveia, que estreou com vitória.
“Meu foco principal é o Pro Junior. Esse campeonato vai servir como treino. Na Indonésia (onde aconteceu a primeira etapa do Circuito Mundial Pro Junior da ASP) fiquei em nono lugar e quero melhorar minha posição no ranking”, manda Gouveia.
Força aérea Atual campeão sul-americano Sub 20, o ubatubense Filipe Toledo garantiu a vitória na sua bateria com um aéreo de backside rodando que valeu nota 7.67 pontos, a segunda maior do primeiro dia. A nota só não superou o 7.77 pontos do baiano Bino Lopes no confronto em que o carioca Igor Morais fez o maior somatório do evento até agora (14.50).
“Sabia que a galera e os juízes queriam ver uns aéreos. Acertei um de frontside não tão maneiro, completei um irado de backside e ele me garantiu a vaga na próxima fase. Apesar de estar focado no Pro Junior, pretendo descolar uma boa posição neste evento e somar uns pontos para o ranking do ano que vem”, afirma Filipinho.