Quiksilver Brasil Open

Paulistas atacam o Arpex

0

 

Thiago Camarão não dá mole e avança à terceira fase. Foto: Aleko Stergiou.

Hizunomê Bettero arranca o maior somatório do dia. Foto: Aleko Stergiou.

Nesta sexta-feira de sol e boas ondas, foram para a água 20 das 24 baterias da segunda fase do Quiksilver Brasil Open de Surf 2011 no Arpoador, Rio de Janeiro (RJ).

 

Clique aqui para ver as fotos de ação

 

Clique aqui para ver as fotos de ambiente

 

Destaque para os paulistas Hizunomê Bettero e Thiago Camarão, que fizeram as melhores apresentações deste segundo dia de disputas da etapa de status seis estrelas do ASP World Star Tour. 

 

Hizu fez o maior somatório do evento (17.53). Thiago destruiu uma esquerda da série com rasgadas e batidas e arrancou dos juízes a maior nota (9.10). 

 

“Fiquei bastante gripado nos últimos dias e só consegui chegar no Rio hoje de manhã. Fiz uma queda logo cedo aqui no Arpoador, coloquei a prancha no pé e soltei meu surf durante a bateria”, conta Hizu.

 

“Começar bem é sempre bom e graças a Deus deu tudo certo. A onda veio muito boa, fiquei calmo, surfei tranquilo e acertei as manobras”, comenta Camarão, um dos participantes do evento que está bem próximo do grupo dos 32 primeiros colocados no ranking mundial unificado da ASP que formará a elite do Dream Tour em 2012. 

 

Ele é o 41o na classificação divulgada depois do SuperSurf Internacional encerrado no último sábado em Ubatuba (SP). À frente dele, só o catarinense Willian Cardoso (40o) e os norte-americanos Tanner Gudauskas (38o) e Kolohe Andino (34o).

 

Expoente da nova geração do surfe americano, Kolohe Andino, 17, ganhou o primeiro confronto desta sexta-feira e o local Marcelo Bispo ficou com a segunda vaga para a rodada dos 48 melhores. Os dois cabeças de chave derrotaram o cearense Artur Silva e o argentino Santiago Muniz, surfistas que vieram classificados da primeira fase.

 

“Não achei as ondas no começo da bateria e só consegui fazer as notas quando me posicionei mais perto da pedra. Ganhar duas vezes no Brasil seria gratificante. Sei que é difícil levar duas etapas seguidas, mas entro para vencer em qualquer campeonato”, manda Andino, campeão do SuperSurf Internacional em Ubatuba.

 

O carioca Marcelo Bispo também falou sobre a classificação. “Usei o conhecimento do pico para me dar bem e ainda contei com ajuda da torcida, dos amigos e da família. Quando ouvia a galera gritar, sabia que a série estava chegando. Foi muito legal e estou feliz com a classificação”.

 

Campeão barrado Uma das surpresas desta sexta-feira foi a eliminação precoce do local Leandro Bastos, defensor do título da etapa, em sua bateria de estreia. O carioca acabou superado pelo baiano Bino Lopes na disputa vencida pelo paulista Wiggolly Dantas, um dos atletas da equipe Quiksilver no Rio. 

 

“A bateria foi difícil, mas consegui pegar a onda para virar e estou feliz por ter passado. Tem altas e até caí com uma prancha um pouco maior. Estou focado, venho de um bom resultado em casa e vou em busca do título”, afirma Guigui.

 

Estrangeiros Outra derrota surpreendente foi a do norte-americano Tanner Gudauskas. Ele vinha de um vice-campeonato na etapa de Ubatuba e terminou em último na bateria em que o uruguaio Marco Giorgi e o paraibano Jano Belo conquistaram as duas vagas.

 

Entre os estrangeiros, destaque para o havaiano Sebastien Zietz e para o jovem australiano Chris Friend. Zietz chegou a aparecer no topo da lista de recordes do campeonato com os 14.80 pontos obtidos em sua estreia na décima bateria. Já o australiano venceu um confronto acirrado contra os brasileiros Leonardo Neves, Ian Gouveia e o argentino Leandro Usuña.

 

“É a minha primeira vez aqui no Rio. Não conheço muito bem o pico e a bateria foi bem difícil. Fiquei meio perdido no começo, mas depois consegui me posicionar melhor, achei duas ondas legais e passei”, diz Chris.

 

Enquanto o australiano liderou a maior parte da bateria e venceu com certa facilidade, Zietz se classificou em sua última onda depois de conseguir um 7.16 pontos e ir direto para o primeiro lugar. 

 

“Vencer de virada é sempre emocionante. Fiquei surpreso com a nota e feliz por ter vencido. O mar está fantástico e consegui apresentar meu surf na bateria”, diz o havaiano.

 

Quiksilver Brasil Open Festival A programação inicial era realizar nesta sexta-feira as 24 baterias da segunda fase, mas as quatro últimas ficaram para o sábado, com a 21a prevista para começar às 8 horas. Destaque para o terceiro confronto, que marca a estreia do local Simão Romão, bicampeão da etapa (2008 e 2009).

 

Logo em seguida, acontece a rodada dos 48 melhores. Vale destacar, entre 12:10 e 14 horas vão para a água as finais da última etapa do Circuito Brasileiro de Bodyboard 2011, uma das quatro modalidades do festival de esportes radicais promovido pela Quiksilver no Rio.

 

Na próxima semana, além da segunda etapa do Circuito Mundial Pro Junior da ASP, rola uma etapa válida pelo Brasileiro de BMX e uma apresentação de skate no Arpoador.