Como toda trip, em algum momento temos que ir embora e a vontade de ficar em um lugar com altas ondas é grande, ainda mais lembrando que o verão brasileiro não apresenta as melhores condições para o surf.
Foram 22 dias na capital do surf mexicano, Puerto Escondido, onde conhecemos muita gente e aproveitamos cada momento. Os últimos dez dias passaram muito rápido, pois a única hora em que eu conseguia parar de fazer algo era quando ia dormir, logo que voltava da praia.
Swell No mês de novembro não há tantas ondas como em julho, o bom é que o crowd é mínimo, podendo surfar cedo com apenas alguns gringos na água em ondas de até 2 metros tubulares.
Durante toda trip esperamos por um swell maior para que pudéssemos ir para Salinas Cruz e outras ondas da região, mas como esse swell não entrou preferimos ficar por Zicatela e nos acabar nos tubos, mesmo que na maior parte do dia os tubos fecham e é um treino e tanto.
Pegamos três ondulações de aproximadamente 2 metros, que foi o ideal para o que queríamos produzir, que foram principalmente fotos de dentro da água. Minha recomendação para quem quer desbravar a costa mexicana é ir em julho, não tem erro, os swells grandes vão entrar e Puerto vai estar realmente grande, o que proporciona ondas pra todos os lados da costa mexicana, podendo se surfar sozinho em muito lugares.
Comida É incrível a quantidade de pratos mexicanos deliciosos e baratos. Puerto é um lugar que muito turista visita, não só surfistas, e mesmo assim os preços da gastronomia local são muito baixos comparado ao Brasil.
Às vezes almoçávamos um prato com arroz, feijão, pescado fresco com tortilhas e molhos por 50 pesos, o equivalente a US$ 4, ou seja, quase R$ 7. Fora que esse restaurante fica de frente para praia do Marinero, uma praia com poucas ondas, mas muito bonita e rica de cultura, principalmente da pesca.
Outra opção também são os cafés, onde se comem grandes saladas de frutas e sanduíches pagando pouco. Comemos também muito atum fresco, fazíamos sashimis em casa mesmo, proteína pura. Outra opção que fizemos foi comprar comida no Super Che (mercado local) e cozinhar, valeu muito a pena.
Família Corzo Nas minhas idas e vindas da praia conheci a família de Angelo, aquele local amigo do Jean que relatei aqui no inicio. Além de muito atenciosos e educados são todos muito receptivos e apaixonados por surf. Os irmãos de Ângelo, Jony, de 13 anos, e Jimel, de 15, são dois figuras, muito engraçados e divertidos.
Jony é agitado e competitivo, tem um surf muito radical e nunca gostava de perder no pingue pongue, ainda mais quando fazíamos piadas dele, ele ficava em choque, não queria aceitar a perda de jeito nenhum. Jimel é mais calmo e mais maduro também, já tem muita atitude e encara mares de 2,5 metros com facilidade, esse vai ser um casca grossa de Zicatela.
Pelo pouco que vi a Família Corzo respira surf e são amantes do que fazem, vi todos eles surfando, mãe, pai e todos os filhos, algo muito agradável de se ver.
Dentro de todos que estavam em nossa barca Greg Cordeiro foi o que mais se destacou em Puerto, com duas temporadas havaianas ele se sentiu à vontade nos canudos e não media esforços para colocar pra dentro nas maiores ondas mesmo que elas fechassem para Ricardo Alves dar o clic e fazer a foto no momento certo.
Sol, altas ondas e comida barata são boas definições para Puerto Escondido. Muchas Gracias Puerto! Agradeço aos amigos Jimel e Jony Corzo pelas rodadas de pingue pongue e por toda ajuda, ao Jean da Silva pela imagens que fizemos, ao Greg, Caetano e Ricardo Alves pela vibe e parceria na trip, ao Vandielly pela hospedagem com vista para o mar irada, aos locais que apesar da recepção depois viraram amigos, a Puerto Escondido por mais uma vez me fazer querer voltar logo para esse paraíso tubular, a minha família e namorada, a todo suporte dado a mim pela Oceano Surf Wear e Terral Surf Shop, aos meus apoios da CT wax e da Wellcome Surf Trips e principalmente a todos que lêem e acompanham o Hand Baggage, muito obrigado!
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