Paúba

O mar do ano

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Há uma semana fiz minha esperada cirurgia de joelho: dois ligamentos, rótula e uns pedacos de ossos retirados que me fazem ter 18 anos novamente, pois eu estava esperando pela cirurgia havia três anos.

 

Na última sexta-feira, estava eu aqui em casa com a perna esticada, cheia de pontos e remédios quando me deparei com uma previsão de swell de Sul e vento Sul / Sudeste.

 

Pronto, convenci a patroa, que de muita má-vontade me deixou fazer a loucura de ver quebrar meu home breach predileto.

 

Liguei, insisti com alguns brothers e fomos às 3 da manhã para a Paúba, São Sebastião (SP).

 

Um dia inteiro vendo os amigos surfando e se divertindo. E quando pensei que seria o dia todo assim, eis que surgem Medina, Miguel e Mineiro, com quem eu já tinha trocado uma ideia na padaria e disse que estaria lá no fim de tarde.

 

Foi incrível ver essas feras competidores do WCT surfando esse pico chamado Paúba que eu tanto gosto e não poderei surfar por muito tempo.

 

Na água, outros sinistros como Tiago Camarão, Carlos Bahia e muitos outros. 

 

Foi um dia especial e, talvez, minha segunda despedida desse pico que hoje entrou para história do surf brasileiro, porque hoje podemos afirmar que o estado de São Paulo é o maior celeiro do surf brasileiro, com três lendas do esporte dando um trabalho nunca antes feito por brasileiros no tour mundial.

 

Dá para ver o porquê deles nao estranharem ondas como Pipeline, Teahupoo e outros picos sinistros ao redor do mundo, pois a Paúba é um exelente treino para adquirir base para surfar as ondas mais cascudas do mundo.