Breaka Pro

Alejo e Fernandez avançam

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Marco Fernandez avança no Breaka Pro em Burleigh Heads, Austrália. Foto: ASP / Will H-S.

 

Depois de uma semana inteira de altas ondas em Burleigh Heads, Austrália, com muito surf competição rolando solto nas direitas deste mágico point break, acordamos no sábado com clima de decisão, uma chuvinha fraca que logo foi embora para dar espaço a um sábado ensolarado de praia lotada, mas com vento maral, deixando as ondas um pouco mexidas e irregulares do que nos últimos dias.

 

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E parecia que a bruxa estava solta, sobrevoando esta famosa bancada da Gold Coast: o jovem talento neozelandês Ricardo Christie já vinha fazendo estragos nos rounds anteriores e surpreendeu a todos para levou a bateria.

 

 

Alejo Muniz confere as notícias no Waves e se concentra para as baterias. Foto: Ed Amorim.

Assim, de zebra passou a favorito, avançando juntamente com o atleta de Lenox Heads, o surfista super veloz Adan Melling, com desclassificação prematura os filhos da terra, Mr. Consistência Bede Durbidge e Ryan Callinan. 

 

 

Atenção total voltada para a segunda bateria,  Mick Fanning, a estrela do campeonato, estava pronto para entrar na água e tinha brasileiro escalado, o baiano Marcos Fernandes. Na quarta temporada australiana, Marcos entrou na água sem chamar muita atenção, ao contrário de seu oponente, que tinha todos as luzes e câmeras da praia em sua direção. Todos estavam ali para ver de perto o bicampeão mundial. 

 

Mas, a tal da bruxa estava com a macaca hoje. E com o tempero baiano no couro. As coisas então começaram a acontecer para o brasileiro. Ele estava em quarto até a metade da bateria, quando exatamente a 11 minutos do final, achou a onda salvadora que mudaria tudo.

 

E com um 9.77, maior nota de todo evento, ele praticamente garantiu a primeira colocação na disputa. Mick, que até ali mantinha a segunda posição, com a segunda melhor nota do confronto, 8.27, faltando pouco mais de dois minutos do término, viu seu conterrâneo Mitch Crews arrancar a nota que precisava dos juízes.

 

Sem uma série no horizonte, ali ele perdeu a chance de continuar no evento por uma diferença de apenas 0.04 pontos a favor de Crews. Era mais um gigante que ia à lona. Mick Fanning, nono colocado. E completando o quadro de classificação, o garoto de Sunshine Coast, aquele que teve ao seu lado o tempo todo a torcida da mãe, Jack Duggan.

 

Bateria de numero 3 na agua, 100% made in Australia, o local de Coolangatta Brent Dorrington até que tentou, liderando com notas medianas os primeiro 10 minutos de bateria. Mas a supremacia de Owen Wright depenou a bruxa de Burleigh e seus feitiços, com manobras modernas, sempre no crítico e com a velocidade que também é sua marca registrada.

 

Ele mostrou aos novatos como se faz para ser um top do circuito mundial de surf, com duas ondas consecutivas venceu fácil e já estava confirmado entre os oito melhores das quartas de final. Brent Dorrington avançou em segundo e enfrenta o brasileiro Alejo Muniz, de quem vamos comentar no próximo parágrafo neste domingo. Na terceira posição, desclassificado Dion Atkinson e, na quarta, o conterrâneo Cooper Chapman.

 

Fechando a quarta e última bateria desta fase, mais Brasil nas ondas de Burleigh. Com seu surf progressivo e na medida certa entre potência e fluidez, Alejo Muniz botou forte pressão nos adversários, e novamente com as maiores notas da bateria – 6.67 e um 9.13, totalizando 14.80.

 

Venceu sem problemas para garantir vaga nas quartas de final, juntamente com o Burleigh boy local Thomas Wood, que levantou a galera, mantendo a chama acesa para as finais deste domingo. Também ficou por aqui o português Frederico Morais, que vinha embalado. Caiu também o aussie Davey Cathels, que ainda tentou cavar uma interferência em Alejo ao fim da bateria. Mas teve que olhar para trás, onde Alejo destruiu mais uma onda.

 

Alejo também teve a presença super descontraída do amigo e parceiro de tour Gabriel Medina, que apareceu para dar um treino e resolveu curtir um pouco na área VIP. 

 

 

Garotas Entre as meninas, Sally Fitzgibbons presenteou sua torcida local com a vitória no Breaka Burleigh Pro Feminino. Numa bateria emocionante, a australiana de 22 anos, três vezes seguida vice-campeã mundial do circuito principal da ASP, hoje subiu ao degrau mais alto do pódio, sem muita facilidade para vencer a norte-americana Courtney Conlogue.

 

Courtney, número 5 do mundo, liderou até os minutos finais com ondas sólidas desde o início da decisão e tentava melhorar ainda mais a vantagem. Mas foi ali que tudo mudou. Sally, precisando de uma onda excelente (8.90) conseguiu a onda da vitória, surfada com perfeição para levar 9.0 pontos dos juízes e confirmar o trofeu de campeã numa decisão super acirrada, diferença de apenas 0.10 pontos no final – 16.00 x 15.90.

 

“Eu sabia o que estava por vir naquele momento, que precisava de uma onda muito boa e ela correspondeu, proporcionando todas essas manobras”, comentou a campeã Sally.

 

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Resultado do Breaka Burleigh Pro Women’s 

 

1 Sally Fitzgibbons (Aus)

2 Courtney Conlogue (EUA) 

3 Malia Manuel (Haw)  

4 Laura Enever (Aus)  

 

Oitavas de final do Breaka Burleigh Pro  

 

1 Ricardo Christie (Nzl) 14.33, Adam Melling (Aus) 14.13, Bede Durbidge (Aus) 12.54, Ryan Callinan (Aus) 11.90

2 Marco Fernandez (Bra) 15.60, Mitch Crews (Aus) 14.70, Mick Fanning (Aus) 14.66, Jack Duggan (Aus) 7.83

3 Owen Wright (Aus) 15.50, Brent Dorrington (Aus) 12.33, Dion Atkinson (Aus) 10.03, Cooper Chapman (Aus) 8.53

4 Alejo Muniz (Bra) 14.80, Thomas Woods (Aus) 14.03, Frederico Morais (Ptg) 13.97, Davey Cathels (Aus) 11.96