Numa final 100% australiana entre Owen Wright versus Adam Melling com praia lotada e patrocinadores felizes, o WQS quatro estrelas Breaka Burleigh Pro foi encerrado com chave de ouro, depois de uma semana com alta qualidade de surf competição em Burleigth Heads.
E tudo culminou para a final entre os dois amigos que viajam juntos no tour mundial já se enfrentaram muitas vezes.
Desta vez, o grande campeão do evento foi o ídolo da garotada, Owen Wright. “Cheguei para competir só para um aquecimento, nada sério, testar minhas pranchas e pegar ritmo para o Quicksilver Pro em Snapper. Mas é incrível, estive em posições críticas, como nesta última bateria em que quase perdi para Alejo Muniz. Não consigo aliviar, pois quando tem competição envolvida todos querem vencer, todos ficam na pressão”, comentou o carismático campeão Owen Wrigth com exclusividade para o site Waves.
Adam Melling tambem fez seu comentário logo depois de vencer a semifinal contra o neozelandes Ricardo Christie, que surfou muito, apesar da baixa somatória neste confronto total 18.43 x 12.40: “Eu treino em condições idênticas a estas todo dia, estou me sentindo muito à vontade, pensando em me divertir lá dentro, pensando somente nas ondas que estou surfando, uma de cada vez”.
Perguntei sobre sua vitória sobre o baiano Marco Fernandez na bateria anterior e Adam deixou escapar: “Depois ele ter vencido Mick, pensei que eu poderia ser a próxima vítima, mas estava muito conectado com o mar e fiz o que tinha que fazer para vencer”, explicou.
Mais cedo, nas quartas de final, ele encerrou de vez a participação de Marco Fernandez, o baiano que ficou famoso por vencer Mick Fanning e ter computada a maior nota de todo o evento – 9.77.
Mas ele não resistiu a pressão que Adam Melling imprimiu. Surfou todas as melhores ondas nas poucas séries que apareceram na bateria de número 2 das quartas de final.
No fim, 18.88 x 12.16, enquanto o brasileiro ficou esperando pelas melhores da série que não apareceram. No final, Marco Fernandez estava cabisbaixo, mas feliz com o resultado.
“Esta é a quarta vez que venho para a Austrália. Adoro competir aqui, tem altas ondas e é tudo irado. Este é o meu melhor resultado da carreira e acho que poderia ter ido um pouco mais distante se as ondas tivessem vindo para mim”, comentou o segundo melhor brasileiro em Burleigh e quinto colocado do evento, embolsando AU$ 2.250 mil reinvestir no tour.
A trajetória de Alejo Muniz comecou bem cedo, quando entrou na água a fim de garantir a vaga nas semifinais. Ele tinha pela frente um dos favoritos ao título, pelas condições oferecidas e performaces apresentadas nos dias anteriores.
O local Brent Dorrington não apresentou grande resistência à boa performace do brasileiro, vencedor por 14.33 x 11.83, garantindo passagem para a semifinal de número 2.
Já dentro da água, Alejo Muniz e Owen Writgh esperaram por quase 20 minutos, em bateria de 30, até aparecer a primeira boa série. Parece que Santiago Muniz tinha previsto quando comentou: “Esta é daquelas baterias em que tudo será decidido nos segundo finais”.
E ele estava certo. A primeira boa onda foi surfada por Owen, com resposta imediata de Alejo não economizando manobras.
Alejo encontra mais uma onda muito bem surfada, porém infelizmente mal pontuada pelos juízes e, naquele momento, era o líder, deixando o australiano precisando de 6.77.
Todos os brasileiros que estavam no palanque, então começaram a vibrar. Mas, ao olhar para o fundo, um deles gritou “olha a série vindo para o Owen, não acredito”. E ninguém queria acreditar, todos queriam que aquele minuto final passase voando.
Mas não rolou. As ondas que não vieram durante toda a bateria cresceu bem na frente de Owen. que virou sua prancha e começou a remar determinado, isso faltando 23 segundos para o final.
O fim da história vocês já sabem, Owen surfou a onda e conquistou a nota que precisava, deixando Alejo super triste e mal humorado com a situação, com toda razão.
O próximo evento na Austrália comeca já na semana de 18 a 24 de fevereiro, em Newcastle. Trata-se do 6 estrelas Burton Toyota Pro, uma vez com presença dos brasileiros na cobertura exclusiva do Waves.
