Quem pensa que vou escrever apenas sobre os 32 anos da arte em fotos de Rick Werneck está muito enganado! Rick é artista, músico, compositor, designer, pinta, esculpe… É também uma espécie de Professor Pardal que fez até sua própria caixa-estanque para fotografar na água, e por aí vai.
Seu projeto de vida é viajar sempre que for possível. “Se tiver que tocar, eu toco! Se tiver que cantar, eu canto! Se tiver que fotografar, eu fotografo!”, diz Rick, que começou a surfar em 1974, em Newquay.
Ele compõe músicas inspirado nas praias que visita, nos picos de surf. Confere só essa composição de Rick que as Maldivas o inspirou. Aqui ele canta e toca violão, também com sua antiga banda, a Santa Máfia.
Com o projeto “Biografia Musical do Surf Brasileiro”, compôs músicas para Andréa Lopes: “Alma D’água”, já cantada por Dora Vergueiro. A música de Picuruta Salazar, “O Pulo do Gato”, quem cantou foi Alexandre, do Natiruts. A de Victor Ribas se chama “Pipa, surf, capoeira”. A de Carlos Burle, “Guerreiros dos Mares do Sul”, entre outras.
Seus filhos surfistas absorveram de tal modo esse lifestyle que formaram uma banda, a WWW e até virou a Série Geral.com, na Rede Globo. Nem vou falar muito dos garotos, pois merecem uma página especial e excusiva nesta coluna, em breve… Uma família e tanto. Laila Werneck, esposa de Rick e mãe dos garotos, também surfa, trabalha na UIDÚ Produções (um abrasileiramento para o inglês WE DO – nós fazemos) e fazia os campeonatos femininos de surf. Agora, sem patrocínio, a mulherada brasileira ficou sem campeonato…
Bom, Rick já teve marca de surf, foi um dos sócios da Cristal Graffiti, onde fez inúmeras pinturas em prancha, desenhos para camisetas, logo, etc. Mas deixou tudo para viajar pela Austrália, em 1989. Em 1990, casava-se em Bali, num vilarejo ao pé de um vulcão!
Suas fotos já viraram capas de caderno, postais e exposições, como a “Ressaca”, em Ipanema, e “Mar Doce Lar”. Clemente Coutinho, outro super fotógrafo que Rick também admira, deu-me o seguinte depoimento: “O Rick foi e continua sendo um grande ídolo. É um dos fotógrafos que mais me inspiraram no meu começo. Sempre com muita disposição e buscando novos desafios e ângulos. Uma referência para o mercado da fotografia de surf”.
Realmente Rick se preocupa com os ângulos, que na entrevista me disse: “Gosto de ângulos diferentes dentro d’água. Minha busca é por ângulos. Fotografia é luz e ângulos. Para mim é ângulos inusitados”.
Ele também filma e edita, não só imagens de surf, como de esportes radicais em geral (kite, skate down hill, SUP…). É quem faz os clips da banda WWW e outras!
Tem seu nome no Guiness Book de 1998, pois foi o primeiro fotógrafo que registrou o surf na pororoca e a terceira pessoa a surfar o fenômeno da Amazônia!
Pra terminar: “Muito obrigada pela sua atenção. Que Deus lhe dê de volta o que dá de coração”. Essa é a vibe!