Diretor da ASP South America desde 1992, o carioca Roberto Perdigão está em Mar del Plata, Argentina, onde comanda as operações do Rip Curl Pro, prova que traz de volta o circuito mundial ao país vizinho depois de 12 anos de recesso.
“Com a retração do mercado no Brasil, o objetivo da ASP na região é abrir fronteiras no continente. Já havia um bom número de eventos no Peru e Chile, e agora, também voltamos a ter competição da ASP na Argentina. E a ideia é assinar um contrato para termos provas aqui também em 2014 e 2015”, informa o dirigente.
“Nos próximos dois anos, o plano fora do Brasil é dar um upgrade nos eventos, passando de 4 para 5, 6 estrelas, pois desde o ano passado muitos surfistas tiveram interesse em competir nestes países. Diante disso, neste ano teremos novas provas de 4 estrelas, em Piedras Negras, Sul do Peru; Arica, Chile e Los Cabos, México. São eventos promovidos pelo poder público, ou seja pelas prefeituras destes lugares”, explica.
Perdigão também confirma a realização de uma prova Prime em Saquarema (RJ), logo depois do WCT no Rio de Janeiro. “A licença foi assinada na sexta-feira passada”, diz. “E na última semana de outubro vai haver outro Prime em Florianópolis (SC)”.
Segundo ele, há um patrocinador interessado, mas a marca não pode ser revelada para não atrapalhar as negociações. “O orçamento já está 80% fechado com a prefeitura e a secretaria de esportes e turismo. Uma marca do surf também deve entrar e o objetivo é resgatar o espírito dos antigos festivais, num clima de festa, shows e eventos paralelos”, prevê.
Outra proposta que está na mesa é um projeto de 6 estrelas ou Prime a ser realizado no Guarujá (SP), uma semana antes do campeonato em Haleiwa, Hawaii, em novembro. “São Paulo é o centro da indústria do surf, é uma capital importante e o estado está há muito tempo fora do circuito”, diz. As negociações estão avançadas e esta prova vai acontecer na praia do Tombo ou nas Pitangueiras.
Sobre o calendário Pro Júnior, que começa em julho, nas ondas de Imbituba (SC), Perdigão também está animado. “Depois da praia da Vila, vai haver dois eventos seguidos em julho no Peru e Rio de Janeiro. Depois, uma etapa em São Francisco do Sul (SC), para fechar na Bahia, em conjunto com o WQS, em Itacaré (BA)”, informa.
“Começamos o ano sem muitas expectativas, mas com o tempo as coisas foram se ajustando. E, apesar de tudo, os eventos estão acontecendo, com um calendário interessante para os surfistas brasileiros melhorarem a classificação e definir os Sub 20 para o mundial prevista para acontecer nos meados de setembro em Portugal”, conta.