ISA Masters

Roni não alivia

0

Roni Ronaldo tem ótima atuação na segunda fase da Grand Master. Foto: Rommel / ISA.

Andrea Lopes joga duro na estreia e avança junto com Layne Beachley. Foto: Gabriel Macedo / XPro.

Mickey Hoffmann passa pela estreia na Grand Kahuna. Foto: Rommel / ISA.

Em uma segunda-feira com altos e baixos para os brasileiros, o catarinense Roni Ronaldo foi a grande sensação da equipe no segundo dia do ISA Masters em Montañita, Equador.

Clique aqui para ver os depoimentos

 

Clique aqui para ver as fotos

 

Com boas performances de backside e bem encaixado nas direitas, o surfista de Garopaba arrebentou na segunda fase da Grand Master (acima de 40 anos) e somou 5.83 e 8.00 nas duas únicas ondas que pegou.

Na mesma bateria, o australiano Glen Pringle apresentou uma belíssima linha para descolar 7.00 e 5.23, deixando para trás o local Rene Burgos e o sul-africano Carl Roux.

Destaque também para as estreias de Andrea Lopes no Feminino Master e de Mickey Hoffmann na Grand Kahuna (acima de 50).

Determinada a brigar pelo título, Andrea não deu mole na bateria e surfou muito bem de backside. Com 5.67 e 5.60, ela avançou no duelo mais difícil da primeira fase, que reuniu ainda a francesa Veronique Hayon e as ex-tops da elite mundial Layne Beachley e Heather Clark.

Australiana nota 10 Layne deu um verdadeiro show nas ondas de Montañita, invertendo bem as manobras e surfando com radicalidade para arrancar o primeiro 10 do ISA Masters. Inspirada, ela ainda obteve 8.17, 9.87 e 7.33.

 

Na briga pela segunda vaga, a sul-africana Heather Clark se deu mal e caiu para a repescagem. A atleta travou um bom duelo com Andrea e saiu da água reclamando por ter recebido uma volta no pico.

 

“Se você não me desse a volta naquela onda, eu teria passado a bateria”, bradou Heather, esquecendo de que estava em uma competição e faltavam poucos minutos para o término.

Além de Andrea, quem estreou com o pé direito nesta segunda-feira foi Mickey Hoffmann, paulista residente em Itajaí (SC) há vários anos.

A classificação foi tranquila, apesar de avançar em segundo lugar. Mickey garantiu 4.50 e 5.67 logo nas duas primeiras ondas e ficou em boa situação, já que o equatoriano Humberto Dapelo e o chileno Santiago Melus não apresentaram muito perigo. Com 3.17 e 7.83, o australiano Charlie O’Sullivan ficou com a primeira posição.

As baixas do dia foram Marcelo Alves na Grand Master, Saulo Carvalho e Rogério Dantas na Master. Já os dois representantes da Kahuna (acima de 45) – Jojó de Olivença e Sérgio Noronha – tiveram folga nesta segunda-feira.

Na Grand Master, Marcelo Alves teve uma bateria com pouquíssimas séries e falhou em algumas ondas que pegou na reta final da bateria. Depois de ver os adversários saírem na frente, ele somou 6.17 em uma onda curta.

A partir daí, o baiano passou a buscar as ondas intermediárias para virar o duelo, mas se deu mal nas poucas oportunidades que teve. “Errei na escolha da quilha, era para ter escolhido uma maior”, lamentou Marcelo.

Com uma ótima escolha de ondas e uma linha de alto nível, o havaiano Love Hodel venceu o confronto com 8.67 e 7.67. A segunda posição ficou com o espanhol Dani Garcia, autor de 5.43 e 5.03.

Potência havaiana O grande destaque da Grand Master foi o havaiano Sunny Garcia, defensor do título mundial. Fluido e surfando com muita potência, Sunny arrancou 9.27 e 7.83 dos juízes, descartando 7.50 na vitória sobre o argentino Santiago Di Pace (2o), o porto-riquenho Juan Ashton e o sul-africano Wayne Monk.

O havaiano voltou ao outside para disputar a segunda fase da Master e também se deu bem, totalizando 13.77 para avançar atrás do venezuelano Magnum Martinez, autor de 14.17.

Na mesma batalha, o brasieiro Rogério Dantas, do Ceará, lutou muito pela classificação, mas não conseguiu acompanhar o ritmo dos adversários e saiu da água precisando de 9.00 pontos.

Rogério caiu para a repescagem, assim como o paraibano Saulo Carvalho, derrotado na bateria anterior pelo havaiano Kalani Robb e pelo argentino Martín Passeri.

Saulo caiu ao atacar o lip de uma onda logo no início da bateria e depois teve dificuldade para achar outra onda. Faltando poucos minutos para o término, ele partiu para o tudo ou nada e chegou muito perto.

 

Depois de somar 3.77, ele passou a buscar 6.66 e achou uma direita intermediária que abriu até o inside, mas os juízes deram 6.40 ao atleta, para alegria dos argentinos.

 

O ISA Masters volta a entrar em cena nesta terça-feira, às 10 horas (horário de Brasília). Confira vídeo, entrevistas e fotos em nossas próximas reportagens.