No último dia 11 de junho foi realizada uma reunião com o objetivo da retomada do surf gaúcho na Academia Alternativa, Porto Alegre (RS).
Atletas, entidades, associações, profissionais do ramo, empresários e mídia discutiram o rumo que o surf tomou no estado e o rumo a ser tomado.
A Federação Gaúcha de Surf (FGS) tem sofrido muitas críticas pelo fato de não haver campeonatos, nova geração ou uma equipe no brasileiro amador ou profissionais.
O descontentamento por parte de alguns surfistas do Rio Grande do Sul gerou um grande debate nas redes sociais. Destes debates sadios surgiu a ideia de reunir os envolvidos.
Liderados por Nezilmo Holmos Pereira, presidente da Associação dos Surfistas de Porto Alegre (ASPOA), este encontro foi uma oportunidade para a troca de idéias entre quem realmente quer apoiar o surf gaúcho.
Orlando Carvalho, presidente da FGS, questionado sobre a situação atual que vive o surf no estado, defendeu-se dizendo que o trabalho foi feito dentro do possível, que a federação não tem dívidas e que os incentivos diminuíram.
Carvalho mencionou também que em dezembro seu mandato termina e que não pretende se reeleger, depois de quase oito anos no cargo.
Figuras importantes do meio do surf estavam presentes e deram sua opinião. Segundo Marcelo Rech, representante da Billabong no Rio Grande do Sul, a vontade e a necessidade de ajudar vem de todos os lados, de marcas, governo, associações e etc.
Um assunto bastante comentado foi o fato de que as associações de praia não terem apoio para se desenvolver. Poucas entidades realmente estão fazendo um trabalho contínuo, alinhados aos padrões da FGS. Algumas poucas associações fizeram etapas independentes duas ou três vezes ao ano.
A verdade é que os campeonatos de surf sumiram das praias do Rio Grande do Sul, comparado aos outros tempos. Para Marcelo Cordeiro, proprietário da Tools for Surf e ex-competidor, as associações precisam ser fortalecidas e ter uma atenção especial para que o surf se desenvolva em cada praia.
Nezilmo Holmos Pereira comentou sobre a importância do e disse que, apesar de estar há pouco tempo presidindo a ASPOA, ele fará de tudo para ver o surf acontecer de novo no estado.
A verdade é uma só, independente do lado que cada um está, porque infelizmente a política também chegou ao surf, todos querem ver a coisa acontecer como nos bons tempos.
Em março, acontece uma nova eleição para presidência da FGS. Chegou a hora de cada associação de praia se mexer e começar a pensar no futuro.
Sinceramente, estou cansado de não ver jovens surfando, de ter que surfar em outra praia porque na minha tem redes de pesca, cansado também de não ver mais um campeão gaúcho legitimo, daqueles que vence na marola do verão, nos tubos do outono e nas ressacas do inverno. Tem que amar, não basta gostar.
Novas reuniões deverão ser feitas e todas as associações do Rio Grande do Sul estão convidadas desde já para continuar a troca de ideias e união em benefício do surf gaúcho.